Cerca de 1.500 tarântulas foram encontradas numa carga por funcionários da alfândega do aeroporto de Colônia, na Alemanha.

As aranhas estavam embaladas em recipientes plásticos numa caixa de bolo de chocolate. Mas os agentes sentiram um cheiro estranho que não combinava com doce. E decidiram vistoriar o conteúdo.

Algumas tarântulas já estavam mortas. As que sobreviveram foram levadas para tratamento. Os pacotes eram do Vietnã e estavam a caminho da Renânia, região alemã às margens do rio Reno.

As tarântulas são aranhas grandes e peludas que pertencem à família Theraphosidae. Apesar da aparência assustadora, seu veneno geralmente não é perigoso para humanos.

As tarântulas são venenosas, pois usam veneno para imobilizar suas presas — como insetos e pequenos animais. No entanto, esse veneno raramente é perigoso para humanos, sendo comparável a uma picada de abelha em termos de dor e reação, exceto em casos de alergia.

As tarântulas são originárias de regiões tropicais e subtropicais das Américas, África, Ásia e Oceania. O Brasil abriga diversas espécies de tarântulas, principalmente na Amazônia, no Cerrado e na Mata Atlântica

No Brasil, elas são conhecidas popularmente como “caranguejeiras” e vivem no solo ou em tocas, sendo importantes para o equilíbrio ecológico.

Existem mais de 50 mil espécies de aranhas conhecidas no mundo, e praticamente todas são venenosas, pois usam veneno para paralisar suas presas. Mas menos de 30 espécies têm veneno realmente perigoso para os seres humanos. Veja algumas perigosas:

Aranha-violinista (loxosceles reclusa): Recentemente um homem morreu após ser picado na perna em Bari, na região da Puglia, Itália.

Ele teve sintomas como dor intensa, pus e necrose na perna. Sofreu um choque séptico e falência múltipla dos órgãos.

Essas aranhas são chamadas de violinistas devido a uma marca em forma de violino na parte superior de seus corpos, com a "base" do violino próxima à cabeça e o "braço" estendendo-se para trás em direção ao abdômen.

A aranha violinista é encontrada principalmente no sul e sudeste do Brasil, mas também ocorre em outros países da América do Sul, América Central e partes dos EUA. Ela prefere locais escuros, secos e pouco movimentados.

Aranha-da-areia (Sicarius sp.): Pertencente ao gênero Sicarius, é uma aranha fascinante e perigosa, conhecida por sua habilidade de se camuflar na areia e pelo veneno potente. Habita regiões desérticas da América do Sul e da África.

Devido à raridade das picadas, não há um antídoto específico para o veneno da aranha-da-areia, que é altamente necrotizante e hemolítico, similar ao das aranhas-marrons.

Aranha-teia-de-funil (Atrax): Nativa da Austrália, essa aranha possui um veneno potente que pode ser fatal para humanos. Sua picada causa dor intensa, náuseas, vômitos, sudorese e dificuldade para respirar.

Na Austrália, a teia-de-funil já causou várias fatalidades. No entanto, na década de 1980, foi desenvolvido um antídoto específico para seu veneno, o que resultou no fim das mortes associadas a encontros com essa aranha desde então.

Aranha-rato (Missulena): Essa outra aranha australiana se esconde em tocas subterrâneas durante o dia e emerge à noite para caçar pequenos insetos e outros artrópodes.

Embora seu veneno seja potente, há poucos registros de picadas fatais ou graves em humanos.

Aranha-de-costas-vermelhas (Latrodectus hasselti): Encontrada na Austrália, essa aranha tem um comportamento parecido com o da viúva-negra — elas também se alimentam dos machos após a cópula.

O veneno da aranha-de-costas-vermelhas é neurotóxico, contendo latrotoxina, que afeta o sistema nervoso. Embora as picadas sejam dolorosas, os casos fatais são extremamente raros devido à disponibilidade de tratamento.

Viúva-negra (Latrodectus): Essas aranhas são conhecidas por sua coloração brilhante e pela forma de ampulheta em seu abdômen. Pode ser encontrada em vários lugares do mundo.

Embora rara, a picada pode causar sintomas graves como dor muscular intensa, câimbras, sudorese, hipertensão e, em alguns, até a morte.

Aranha-marrom (Loxosceles): Esse gênero inclui várias espécies, sendo a Loxosceles reclusa uma das mais conhecidas, especialmente nos Estados Unidos. No Brasil, a Loxosceles laeta é uma das espécies mais perigosas.

Embora não seja tão agressiva quanto outras espécies, a aranha-marrom possui um veneno necrosante que pode causar feridas profundas e dolorosas na pele. Em alguns casos, a picada pode levar à amputação.

Aranha-armadeira (Phoneutria): Também conhecida como "aranha das bananas", a armadeira é altamente agressiva e é considerada a mais perigosa do mundo. Sua toxina por agir mais rápido do que o de muitas serpentes.

O veneno afeta o sistema nervoso, podendo levar a dificuldades respiratórias e parada cardíaca. Entre as aranhas presentes no Brasil, a armadeira é uma das que mais causam acidentes.