O Dia Internacional do Tigre, celebrado em 29 de julho, busca conscientizar sobre a importância de proteger esse felino ameaçado.

A data foi criada em 2010 durante um encontro internacional para salvar as populações selvagens que vinham diminuindo drasticamente.

O tigre é o maior dos felinos e representa força, beleza e mistério em várias culturas ao longo da história. Sua figura poderosa aparece em lendas, artes e tradições de diversos povos que convivem com ele há milênios.

Existem atualmente seis subespécies de tigres reconhecidas cientificamente: bengala, siberiano, malaio, indochinês, do sul da China e de Sumatra. Todas estão em graus diferentes de ameaça, sendo o tigre do sul da China o mais criticamente ameaçado.

O tigre-de-bengala é o mais numeroso e vive principalmente em florestas da Índia e regiões vizinhas. Ele é famoso por sua pelagem alaranjada com listras pretas, que o ajuda a se camuflar na vegetação densa.

O tigre-siberiano é o maior entre os tigres e pode ultrapassar 300 quilos. Vive em áreas frias e florestadas, com pelagem mais espessa e clara para suportar as baixas temperaturas.

Já o tigre-malaio é uma subespécie menor, com cerca de 120 quilos, restrita a áreas de floresta na península da Malásia. Sua população está diminuindo rapidamente devido à perda de habitat e caça ilegal.

O tigre-indochinês habita regiões montanhosas e florestas densas do sudeste asiático. É discreto, com pelagem mais escura e menor porte, e seus registros na natureza são cada vez mais raros.

O tigre-de-Sumatra, o menor dos tigres, vive exclusivamente nessa ilha da Indonésia. Ele possui listras mais próximas e uma juba discreta no pescoço, sendo um exímio nadador e caçador silencioso.

O tigre-do-sul-da-China é provavelmente extinto na natureza, com poucos indivíduos em cativeiro. Foi alvo de perseguições no passado e não há registros confiáveis de avistamentos recentes em vida livre.

Os tigres habitam florestas tropicais, manguezais, áreas montanhosas e estepes, dependendo da subespécie. Eles precisam de vastos territórios com água, presas abundantes e pouca interferência humana.

A alimentação do tigre é carnívora, composta por grandes mamíferos como cervos, javalis e antílopes. Ele caça sozinho, usando sua força, silêncio e visão noturna apurada para capturar a presa.

São animais solitários, que marcam território com arranhões em árvores e urina. Os machos não costumam viver com as fêmeas, que cuidam sozinhas dos filhotes por até dois anos.

Um tigre pode viver entre 10 e 15 anos na natureza, mas pode ultrapassar 20 anos em cativeiro. A maior ameaça atual é a destruição de seu habitat e a caça para comércio ilegal de partes do corpo

A pelagem do tigre é única, como uma impressão digital, com padrões de listras que variam entre os indivíduos. Apesar da aparência imponente, eles estão vulneráveis e em risco crescente de desaparecimento.

Há registros de tigres brancos, que não são uma subespécie, mas uma variação genética rara do tigre-de-bengala.

Esses animais possuem pelagem clara e olhos azuis, e geralmente vivem apenas em cativeiro.

A reprodução dos tigres é lenta, com gestações de cerca de 100 dias e ninhadas de até quatro filhotes. Isso dificulta a recuperação populacional quando há perdas significativas por ação humana.

Vários projetos de conservação têm atuado para proteger os tigres, com monitoramento, combate à caça ilegal e preservação de áreas naturais. A colaboração internacional tem sido essencial para o sucesso dessas ações.

O Dia Internacional do Tigre reforça a urgência de proteger esse símbolo selvagem que corre risco de desaparecer. Garantir a sobrevivência dos tigres é também preservar o equilíbrio ecológico e a diversidade da vida no planeta.