
Uma monja que vive há mais de dez anos em uma caverna-templo de Guizhou, na China, chamou a atenção em vídeos compartilhados nas redes sociais.
O lugar fica no complexo turístico Dragon Palace (ou Longgong), no município de Anshun.
A região é descrita como uma atração turística “5A", repleta de cavernas, rios subterrâneos e cachoeiras.
Dentro desse complexo está o Guanyin Cave, um enorme salão cárstico que funciona como templo com dezenas de imagens sacras esculpidas.
A peculiaridade do local é reforçada pela presença de uma monja idosa de 70 anos, conhecida como Mestra Shi.
Ela vive sozinha e reclusa na caverna há mais de uma década, zelando pelas estátuas e conduzindo práticas de devoção.
Vídeos em canais chineses, como o “Qingyunji”, popularizaram a imagem da religiosa, que realiza tarefas cotidianas no local.
Segundo informações do portal xataka, a mulher tem como visitantes alguns poucos peregrinos durante o ano.
Embora incomum para muitos, este longo retiro é considerado comum dentro de certas tradições budistas.
Um exemplo bem conhecido é o da britânica Tenzin Palmo, que passou 12 anos reclusa em uma caverna no Himalaia.
Como a área onde o eremitério se situa recebe turistas, existe a necessidade de conciliar contemplação e fluxo de visitantes.
A visita à área geralmente envolve trajeto de barco, passagem por cachoeiras e grutas iluminadas, além de caminhadas em trechos com infraestrutura turística.
Como o local também é espaço religioso, recomenda-se discrição ao fotografar, respeito às áreas restritas e cuidado com a segurança.
Anshun, onde vive a monja, é um município localizado na província de Guizhou, no sudoeste da China.
Embora seja uma cidade relativamente pequena, Anshun é um importante polo turístico da região por ser a porta de entrada para belezas naturais espetaculares.
A região abriga um dos cartões-postais mais famosos do país: as Cataratas de Huangguoshu, uma das maiores quedas-d’água da Ásia.
A região também é conhecida por preservar antigas vilas e costumes étnicos, como as casas feitas de pedra e o dialeto tradicional de descendentes de soldados que se estabeleceram ali há séculos.