A Finlândia passou a integrar a Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) e é o mais novo membro da entidade. Em abril de 2023, o país abandonou sua tradicional política de neutralidade.

Formada em 4 de abril de 1949, a Otan representa um sistema coletivo de defesa em que os países membros concordam em se apoiar mutuamente em caso de ataque por qualquer entidade externa à organização.

A Finlândia é o 31º membro da Otan, que reúne grandes potências mundiais, como Estados Unidos, Canadá, Reino Unido e França.

A aliança também defende os interesses econômicos dos países que fazem parte do grupo.

Situada no Norte da Europa, a Finlândia faz fronteira com Suécia, Noruega e Rússia. Por causa da fronteira com a Rússia, a Finlândia vinha sendo pressionada a aderir à Otan desde que o presidente russo Vladimir Putin declarou guerra à Ucrânia.

A Finlândia decidiu aderir à Otan ao perceber que Vladimir Putin ameaçava não apenas a Ucrânia, mas qualquer país que pretendesse ingressar na aliança militar ocidental.

E a preocupação da Finlândia com a segurança é grande: todos os prédios particulares novos são construídos com abrigos antibombas no subsolo

E faz tempo que a capital Helsinque já é dividida entre a parte superior e a subterrânea. Em cima, a paisagem que todos conhecem.

No subsolo, existe uma cidade escondida que também pulsa e tem de tudo. Caso os finlandeses precisem viver ali, encontrarão toda a infraestrutura necessária.

Essa Helsinque subterrânea conta com cerca de 400 quilômetros de túneis, que abrigam estacionamentos, centros esportivos, lojas e até abrigos antibombas.

O plano urbanístico da capital inclui o planejamento de bunkers — abrigos antibombas — destinados à proteção dos cidadãos.

A construção dessa Helsinque subterrânea começou na década de 1960, durante a Guerra Fria, quando a Finlândia estava perigosamente próxima da então União Soviética. Desde então, a rede só tem se expandido.

Os abrigos subterrâneos têm, inclusive, pista para corrida dos habitantes de Helsinque. Essa imensa área subterrânea abriga ainda shoppings, estações de metrô e até piscinas e termas.

Para quem estranhou o destaque dado às termas vai uma explicação. O país é fissurado por saunas e as termas se espalham por toda parte.

O país, que já garante segurança aos cidadãos no dia a dia, conta com uma força armada potencial formada por cerca de um terço da população adulta.

São tropas numerosas de reservistas que, em caso de necessidade, podem ser acionadas para a defesa do país — e, agora, também para apoiar outros membros da Otan. Os militares participam de exercícios como treinamento para uma eventual participação em guerra. Se provocada, a Finlândia está pronta para reagir.