Em busca de uma rotina mais saudável, muitos recorrem a versões “light” de produtos, como cervejas sem álcool, café descafeinado e doces sem açúcar. Contudo, esses itens nem sempre eliminam totalmente os riscos à saúde.

Um desses exemplos é o café descafeinado, muitas vezes visto como inofensivo por ter a cafeína reduzida ou removida — a substância estimulante naturalmente presente nos grãos.

A cafeína, embora segura em consumo moderado, é um estimulante natural que pode trazer bem-estar. Porém, em pessoas sensíveis, pode provocar agitação, piorar sintomas de ansiedade e causar desconforto gástrico.

O ideal é limitar-se a três ou quatro pequenas xícaras de café descafeinado por dia. O excesso pode ser prejudicial, sobretudo para quem tem sensibilidade, já que cada xícara ainda contém cerca de 3 mg de cafeína — bem menos que os 70 a 140 mg do café tradicional.

Outro exemplo é a cerveja sem álcool, que apesar de ter teor alcoólico mínimo, ainda contém calorias, açúcar e aditivos. Seu consumo excessivo pode favorecer ganho de peso e problemas metabólicos, mesmo sem os efeitos do álcool.

A ideia de que a cerveja sem álcool é totalmente inofensiva cria uma falsa sensação de segurança. Muitas pessoas acabam consumindo mais do que o habitual, ignorando que esses produtos também podem contribuir para desequilíbrios nutricionais e hábitos pouco saudáveis.

A moderação e a leitura cuidadosa dos rótulos são essenciais para evitar efeitos como aumento da glicose ou da pressão arterial. A composição varia bastante: algumas marcas investem em ingredientes mais naturais e processos que reduzem o teor de açúcar, enquanto outras mantêm fórmulas menos equilibradas.

Os doces sem açúcar também entram em debate. Eles podem fazer parte de uma dieta equilibrada, mas não são necessariamente mais saudáveis do que as versões tradicionais.

Os doces sem açúcar passam a impressão de serem sempre mais saudáveis, mas muitos trazem adoçantes artificiais, mais gordura e calorias. Chocolates “zero”, balas diet e bolos sem açúcar podem até ter composição pior que a versão tradicional.

Além disso, adoçantes como maltitol e sorbitol podem causar desconforto intestinal quando consumidos em excesso. Por isso, mesmo sem açúcar, esses produtos exigem moderação.

O chocolate zero açúcar pode ser uma alternativa ao convencional, mas ainda exige moderação. Ele ajuda quem precisa reduzir o consumo de açúcar, oferecendo um doce menos calórico, porém nem sempre com composição mais leve do que a versão tradicional.

O chocolate zero costuma usar adoçantes como maltitol, eritritol ou stevia, que reduzem calorias, mas podem aumentar a gordura total para manter sabor e textura. Por isso, algumas versões “zero” acabam tendo valor energético semelhante ao chocolate comum.

Além disso, o consumo excessivo desses adoçantes pode causar desconforto intestinal, náuseas e efeito laxativo em pessoas sensíveis. Mesmo sem açúcar, o chocolate zero não é isento de riscos e deve ser incluído na dieta com cautela.

O leite condensado diet elimina o açúcar, mas costuma ter mais gordura para compensar sabor e textura. Assim, uma porção pode ter calorias próximas — ou até superiores — às do leite condensado tradicional.

A paçoca diet segue o mesmo caminho: não leva açúcar, porém pode conter mais gordura e adoçantes que, em excesso, causam desconforto intestinal. Por isso, mesmo nas versões “diet”, é preciso cautela e moderação

O sorvete sem açúcar também pode enganar: muitas versões aumentam a quantidade de gordura ou aditivos para manter a cremosidade, fazendo com que o valor calórico seja parecido ao do tradicional.

Assim, as grandes empresas voltadas a esses produtos também apostam nas versões diets. Picolés sorvetes são alternativas para tentar reduzir os prejuízos à saúde, porém devem ser consumidos de forma equilibrada e sempre com atenção aos rótulos.

O refrigerante zero costuma ser visto como uma opção “mais leve”, mas o fato de não ter açúcar não o torna totalmente saudável. Ele contém adoçantes artificiais, aditivos e sódio, que podem estimular maior vontade de consumir doces e alterar a percepção de sabor.

Além disso, o consumo frequente está associado a impactos como aumento do apetite, alterações metabólicas e desconfortos gastrointestinais em pessoas sensíveis. Por isso, mesmo sem açúcar, refrigerantes zero precisam de moderação.