Um pequeno roedor encontrado nos desertos do sudoeste dos EUA é conhecido por sua impressionante capacidade de sobreviver sem ingerir água.
O rato-canguru, do gênero Dipodomys, obtém toda a hidratação necessária das sementes secas que come.
O processo de hidratação se dá por meio da chamada água metabólica — resultado da digestão.
O organismo do rato-canguru é altamente adaptado à vida em ambientes áridos, com rins que produzem urina extremamente concentrada e fezes secas.
Além disso, seu comportamento noturno evita o forte calor durante o dia.
Ele costuma viver em tocas profundas, onde a umidade é maior. Com isso, esse animal não transpira, reduzindo ainda mais a perda de líquidos.
Essas estratégias o tornam um dos animais terrestres mais eficientes em conservação hídrica.
Embora outros animais do deserto também tenham mecanismos para economizar água, poucos igualam o nível de eficiência do rato-canguru.
Camelos, por exemplo, armazenam água no corpo, e jerboas (outros roedores) também obtêm água dos alimentos.
Seu estudo fornece dados valiosos sobre evolução, adaptação ao clima seco e inspira soluções sustentáveis para a gestão da água em ambientes hostis e na agricultura.
O rato-canguru é nativo das regiões áridas da América do Norte, especialmente de desertos como o Arizona, Novo México e Califórnia.
Apesar do nome, ele não é um rato comum, mas sim um membro da família Heteromyidae, que inclui também os ratos-de-bolso e os camundongos-de-bolso.
Uma característica física marcante do rato-canguru são suas patas traseiras longas e fortes, que são adaptadas para o salto.
Essa adaptação é crucial para sua locomoção, pois permite que ele pule rapidamente para escapar de predadores, similar aos cangurus.
Para armazenar alimentos, o rato-canguru utiliza bolsas externas localizadas nas bochechas, que são forradas de pelos.
Essas bolsas são usadas para transportar sementes para suas tocas subterrâneas, onde as armazenam para consumo futuro.
Os ratos-canguru desempenham um papel importante em seus ecossistemas, ajudando na dispersão de sementes e servindo como presa para animais como cobras, raposas e corujas.