Em entrevista à “Veja São Paulo”, Vera Fischer revelou estar solteira e vivendo um momento de tranquilidade e autocuidado, longe da frenética rotina de tempos atrás.
A atriz confessou que hoje valoriza mais o aconchego do lar e a própria companhia. “Tenho minhas manias, gosto de ficar em casa, rir com meus amigos”, disse ela, acrescentando, com leveza: “A mulher saudável hoje se resolve sozinha, viu, querido?”.
Vera declarou apreciar o flerte. Mas, com bom humor, firmou limites claros sobre o que espera da vida amorosa no momento: “Gosto de um flerte, mas não passa disso. Se chegar perto e chamar para jantar, não vou”.
Durante o bate-papo, a atriz também comentou de forma descontraída sobre boatos que envolvem sua vida pessoal. “’Ah, ela casou com um bilionário’. Onde isso? Eu só gosto de homem pobre”.
Vera Lúcia Berndt Fischer nasceu em 27 de novembro de 1951 em Blumenau, no Vale do Itajaí, em Santa Catarina. Ela é reconhecida pela beleza e trajetória que abrange desfiles, cinema, televisão e teatro.
Filha de pai alemão e mãe brasileira, Vera passou os primeiros anos de vida falando apenas alemão até aprender a língua português na escola, quando já tinha cinco anos de idade.
Aos 17 anos, ela deslanchou para a fama ao conquistar o título de Miss Brasil 1969, representando Santa Catarina, com direito à coroa de Miss Fotogenia e participação no Miss Universo 1969, onde se destacou entre as semifinalistas.
A visibilidade do concurso a projetou para o universo artístico. Vera Fischer estreou no cinema em “Sinal Vermelho - As Fêmeas”, de 1972, no papel de Ângela.
O ponto de virada aconteceu com o filme “Intimidade”, de 1975, que rendeu o prêmio de Melhor Atriz de Cinema pela Associação Paulista de Críticos de Arte. Na sequência, em 1977, Vera fez sua estreia na TV na novela “Espelho Mágico”, com duas personagens: Diana e Débora. Foi o início de uma sólida e longa parceria com a Rede Globo.
O sucesso nas novelas foi imediato. Em 1981, ela protagonizou “Brilhante”, em que viveu Luiza, papel que a colocou como destaque nacional e rendeu a ela sua primeira indicação ao Troféu Imprensa. O elenco estrelado do folhetim teve nomes como Tarcísio Meira, Fernanda Montenegro, José Wilker e Jardel Filho.
Em 1987, brilhou como Jocasta em “Mandala”, uma livre adaptação da peça de teatro grego antigo “Édipo Rei”, de Sófocles, conquistando nova indicação.
Nos anos 1990, ela consolidou sua presença como atriz de peso em minisséries e novelas como “Riacho Doce, “Perigosas Peruas”, “Pátria Minha” e “O Rei do Gado”.
A virada do milênio trouxe protagonismos clássicos em “Laços de Família” e “O Clone”, ambas novelas de repercussão nacional e internacional.
No cinema, Vera também assumiu personagens complexos e controversos como Anna, em “Amor Estranho Amor”, de Walter Hugo Khouri, em 1982.
O papel rendeu a ela os prêmios de Melhor Atriz no Festival Internacional de Cinema de Brasília e no Prêmio Air France.
Em 2024, Vera Fischer foi homenageada no tradicional Festival de Cinema de Gramado. A atriz recebeu o Troféu Cidade de Gramado, concedido por sua contribuição à cultura brasileira, e deixou sua marca na Calçada da Fama do evento.
Vera Fischer foi casada duas vezes. A primeira união, com o ator e diretor Perry Salles, teve como fruto a filha Rafaela, que também enveredou pela carreira artística.
Entre 1988 e 1995, ela foi casada com Felipe Camargo. O envolvimento com o ator começou durante as gravações da novela “Mandala”. Apaixonada, ela terminou o casamento de 15 anos com Perry Salles.
Do casamento de Vera Fischer om Felipe Camargo, nove anos mais jovem, nasceu Gabriel Camargo, em 1993.