
A árvore de Natal tem origem nas tradições pagãs do norte da Europa, onde se decoravam pinheiros para celebrar o solstício de inverno; o costume foi cristianizado na Alemanha no século XVI.
Letônia e Estônia realmente disputam o título de pioneiras: Riga afirma ter erguido a primeira árvore em 1510, enquanto Tallinn reivindica o feito por volta de 1441, ambas com registros festivos semelhantes.
A rainha Vitória e o príncipe Albert, de origem alemã, popularizaram a árvore de Natal no Reino Unido no século XIX. Uma ilustração de 1848 mostrando a família real ao redor da árvore fez o costume se espalhar por toda a Europa e América.
A árvore de Natal é de fato um símbolo secularizado, incorporado à celebração cristã como elemento decorativo e simbólico. Embora sua origem não seja religiosa, passou a representar referências ao nascimento de Cristo, como a Estrela de Belém no topo e as luzes simbolizando a luz divina.
De acordo com a tradição católica, a árvore de Natal deve ser montada no primeiro domingo do Advento, que marca o início da preparação para o Natal. A desmontagem ocorre em 6 de janeiro, dia da Epifania (Dia de Reis), quando se encerra oficialmente o tempo litúrgico do Natal.
A tradição da árvore de Natal chegou aos EUA no fim do século XVIII com imigrantes e soldados alemães de Hesse. Em 1850, a revista Godey’s Lady’s Book popularizou o costume ao publicar a imagem da rainha Vitória e do príncipe Albert junto à árvore.
Na antiga União Soviética, as árvores de Natal foram proibidas nos anos 1920 e retomadas em 1935 como símbolo laico do Ano-Novo. Hoje, a Rússia celebra o Natal em 7 de janeiro, mas mantém a tradição da árvore e dos presentes no Ano-Novo.
Na Grécia, as pessoas decoravam barcos de Natal em vez de árvores em homenagem a São Nicolau, santo padroeiro do país e protetor dos marinheiros. Nos dias atuais, entretanto, os barcos de Natal foram ofuscados pelas árvores.
Desde 1947, a Noruega envia anualmente ao Reino Unido uma árvore de Natal como gesto de gratidão pelo apoio britânico durante a Segunda Guerra Mundial. O pinheiro é exibido na Trafalgar Square, em Londres, e tornou-se um dos símbolos natalinos mais tradicionais da cidade.
Na Escandinávia, o Dia de São Canuto, em 13 de janeiro, marca o fim das festas natalinas. As famílias retiram e comem os doces da árvore, cantam e depois a descartam ou queimam na lareira.
Em Budapeste, a árvore de Natal central é erguida na Praça da Basílica de Santo Estêvão, cercada por um dos mercados natalinos mais famosos da Europa. Ela é decorada com luzes e enfeites artesanais que refletem a tradição húngara.
Nas Galeries Lafayette, em Paris, é montada todos os anos uma imensa árvore de Natal suspensa sob a cúpula de vidro do edifício histórico. Ela é decorada com milhares de luzes e enfeites temáticos, sendo uma das principais atrações natalinas da cidade.
O Rockefeller Center, em Nova Iorque, realmente realiza todos os anos a cerimônia de acendimento da árvore de Natal na primeira quarta-feira após o Dia de Ação de Graças — uma tradição iniciada em 1933. O evento é televisionado e acompanhado por milhares de pessoas.
Todos os anos, a árvore de Natal oficial da Casa Branca é um abeto Fraser (Fraser fir) instalado na Sala Azul (Blue Room), tradição mantida desde a década de 1960. O pinheiro é selecionado em fazendas dos EUA, e sua decoração reflete o tema natalino escolhido pela primeira-dama do país.
Todos os anos, uma Floresta Nacional dos Estados Unidos fornece a chamada “Capitol Christmas Tree”, que é instalada em frente ao Capitólio, em Washington, D.C. Essa tradição começou em 1964 e é coordenada pelo Serviço Florestal dos EUA (U.S. Forest Service).
A família real britânica mantém a tradição de montar uma árvore de Natal no Castelo de Windsor, iniciada no reinado de George III. A rainha Charlotte, de origem alemã, introduziu o costume de enfeitar a casa com ramos e pequenas árvores.
Durante o período natalino, Madri realmente se enche de luzes coloridas entre o fim de novembro e o Dia de Reis (6 de janeiro). As ruas, praças e edifícios são iluminados por milhões de lâmpadas LED, em um projeto que privilegia a eficiência energética e a sustentabilidade, mantendo forte brilho com baixo consumo elétrico.
No Natal, Milão realmente ganha decoração especial e luzes por toda a cidade. Uma grande árvore de Natal é montada na Piazza Duomo, ao lado da Galleria Vittorio Emanuele II, tornando-se um dos principais pontos turísticos e símbolos das festas natalinas na capital da Lombardia.
Em Lisboa, as árvores de Natal são realmente um dos principais símbolos da época festiva e podem ser vistas em diversos espaços públicos e privados, como praças, centros comerciais e edifícios históricos, destacando-se a árvore gigante da Praça do Comércio.
Na cidade de Nazaré, em Israel — a maior cidade árabe do país e local sagrado para o cristianismo —, é montada anualmente uma grande árvore de Natal iluminada, que atrai cristãos, muçulmanos e judeus israelenses. Durante as festas, a cidade recebe multidões de peregrinos que visitam a Basílica da Anunciação e participam das celebrações natalinas.
O Vaticano celebra o Natal com um presépio e uma grande árvore iluminada na Praça São Pedro, tradição iniciada em 1982 por João Paulo II. Em 2023, a árvore foi um abeto de 28 metros de altura, vinda da região de Trentino, transportada gratuitamente pela empresa Viberti, conforme divulgado oficialmente pelo Vaticano.
Em Praga, a árvore de Natal da Praça da Cidade Velha é realmente o destaque do Mercado de Natal e é escolhida entre diversas candidatas — geralmente mais de 30 árvores analisadas por uma comissão. Iluminada no fim de novembro, ela atrai centenas de milhares de visitantes ao longo de dezembro.
E olha que curioso: A Nasa registrou imagens do aglomerado estelar NGC 2264, conhecido como “Aglomerado da Árvore de Natal”, a cerca de 2.500 anos-luz da Terra. Captadas pelos telescópios Chandra e Hubble, mostram estrelas que lembram uma árvore iluminada no espaço.