Se o hemisfério norte lida com o calor extremo e suas consequências desastrosas, no sul o problema é o inverno seco.
A redução das chuvas no outono e inverno resulta em queda da umidade relativa do ar, contribuindo para o aumento de partículas em suspensão no ar.
Dessa maneira, esta época do ano exige uma série de cuidados especiais, que visam a preservar a saúde, sobretudo das vias respiratórias.
Pneumologistas explicam as causas e as consequências à saúde pela baixa umidade. A redução da umidade provoca irritação e desidratação das mucosas das vias respiratórias.
E a falta de chuvas deixa o ar mais impuro. Além disso, o tempo mais frio reduz o movimento dos cílios, que são as estruturas responsáveis por expelir partículas e secreções das vias aéreas.
Ainda de acordo com o pneumologista, essas secreções, produzidas naturalmente pela mucosa do trato respiratório, funcionam como um mecanismo de defesa, mas podem se acumular em excesso e servir como substrato para infecções virais e bacterianas.
Atividades realizadas em ambientes fechados, em função das condições climáticas predominantes nesta época do ano, também acabam facilitando a transmissão de agentes infecciosos.
Veja alguns dos problemas mais comuns em épocas de tempo seco, além das viroses e gripes.
Nessa época é comum um agravamento de rinite, asma e doença pulmonar obstrutiva crônica. Também cresce o risco da incidência de casos de pneumonia.
Em caso de limitações das atividades dos pacientes ou demora na apresentação de alguma melhora, é necessário procurar uma ajuda médica.
Pessoas com doenças respiratórias pré-existentes, além das que têm imunidade baixa por doenças sistêmicas, como câncer e diabetes, estão entre os grupos mais vulneráveis. Quem toma medicamentos imunossupressores também.
Segundo os especialistas, manter-se bem hidratado está entre as medidas que podem ser adotadas para minimizar os efeitos das baixas temperaturas na saúde.
Além disso, é importante lavar as vias aéreas superiores com soro fisiológico para hidratação e remoção de secreções das vias respiratórias, umidificar os ambientes com aparelhos ou vasilhas com água e manter boa ventilação do ambiente.
Além dos problemas respiratórios, a pele também pode ser afetada com a baixa umidade do ar no inverno e a queda da temperatura.
O uso de roupas mais pesadas, o menor consumo de água, os banhos mais quentes e demorados e a permanência em ambientes menos arejados são fatores que interferem na capacidade de reter líquido e reduzem sua oleosidade natural.
Desta maneira, o tecido da pele perde o manto hidrolipídico, que serve como uma barreira protetora natural, deixando a pele descamando e sem viço.
Portanto, cuide-se para enfrentar esse período da melhor forma possível. E beba bastante água.
O ideal é deixar uma garrafinha na mesa de trabalho para não esquecer dessa medida tão importante para a saúde.