Bem perto da fronteira entre China e Mongólia há uma escultura impressionante: dois dinossauros gigantes se tocando com o focinho, como se estivessem se beijando.

A escultura fica na cidade chinesa de Erenhot, mas bem perto da cidade de Zamyn-Üüd, na Mongólia. Fica a poucos metros da fronteira, mas não exatamente na linha divisória entre os dois países. Na prática, porém, muitos consideram fronteira.

Erenhot é conhecida por seus fósseis de dinossauros e por isso adotou o tema em sua identidade urbana. Há esculturas de dinos na cidade.

A cidade de Erenhot tem outras referências à pré-história também atraem atenção de quem passeia pela região, como reproduções de ovos e ossadas.

A escultura de beijo dos dinossauros simboliza amizade entre os países e reverência aos animais pré-históricos da região. A obra tem 34 metros de altura e 90 metros de comprimento. Os dinossauros atravessam a estrada como um grande arco, visível de longe por quem viaja de carro.

Eles representam duas espécies de sauropodes que viveram ali milhões de anos atrás. A pose do “beijo” é uma licença artística, usada para atrair turistas e celebrar a união histórica da área. A escultura foi construída com estrutura metálica e coberta com placas que imitam a pele de dinossauro.

Erenhot foi uma antiga rota de caravanas e depois tornou-se importante ponto de comércio ferroviário. Hoje, é passagem para trens que ligam a China à Mongólia e à Rússia. Tem uma bela estação.

Erenhot tem museus de paleontologia e parques temáticos com réplicas de dinossauros. Também há fontes termais, hotéis e centros de comércio com produtos importados da Mongólia.

A região onde está a fronteira é uma das maiores fontes de fósseis do mundo. Paleontólogos encontram constantemente ossos e pegadas bem preservadas nas camadas de rocha.

Além dos dinossauros, Erenhot exibe esculturas de outros animais extintos e interativos robôs animatrônicos. O turismo paleontológico é uma das principais apostas para o futuro da cidade.

Do lado mongol, encontra-se a cidade de Zamyn-Üüd, que serve como porta de entrada para o Deserto de Gobi. É uma área estratégica de transporte e exportação de minérios, carvão e gado.

Ambos os lados compartilham uma cultura nômade ancestral e tradições ligadas à criação de cavalos. Em épocas festivas, é possível ver danças, lutas tradicionais e competições de arco e flecha.

O clima é seco, com verões curtos e invernos longos e rigorosos. As paisagens incluem vastas planícies, estepes e dunas, formando um cenário marcante e silencioso.

Zamyn-Üüd investe em infraestrutura e centros logísticos. É o ponto de entrada terrestre mais movimentado do país vizinho, recebendo caminhões e mercadorias diariamente.

Os dois países mantêm ali uma zona de livre comércio e trens de carga passam com frequência. O posto de imigração local é moderno e eficiente, ligando culturas distintas e interesses econômicos

Nas proximidades, mercados oferecem pratos típicos com carne de cordeiro, leite de égua e chás com manteiga. A culinária reflete o estilo de vida das estepes e o intercâmbio entre os povos.

O “beijo dos dinossauros” se tornou símbolo de paz, conexão e turismo científico. É um dos monumentos de fronteira mais curiosos do planeta e continua encantando viajantes e estudiosos.