A rica flora das Ilhas Cagarras, em frente à Praia de Ipanema, acaba de ganhar um registro científico e cultural. O Jardim Botânico do Rio lançou o guia ilustrado “Mona Cagarras”, destacando as espécies mais emblemáticas do arquipélago. A área é protegida desde 2010 como Monumento Natural, sob gestão do ICMBio.
Fruto de mais de uma década de estudos dos especialistas Massimo Bovini e Luiz Berri, o guia reúne 15 espécies vegetais de destaque nas Ilhas Cagarras. Oferece ao público, ainda, uma visão detalhada da biodiversidade local. Há 15 anos, o arquipélago é reconhecido como Área de Preservação Ambiental.
O guia combina rigor científico com linguagem acessível, tornando o conteúdo compreensível para diversos públicos. Além das informações sobre as espécies, inclui ilustrações botânicas que podem ser coloridas. A proposta é unir educação ambiental e engajamento cultural.
A apenas 5 quilômetros da Praia de Ipanema, o Monumento Natural das Ilhas Cagarras reúne quatro ilhas principais, duas ilhotas e uma área marinha protegida. Esse conjunto forma um importante refúgio ecológico da Mata Atlântica em ambiente insular. É considerado um dos pilares da conservação costeira no Rio.
Em 2025, o Monumento Natural do Arquipélago das Ilhas Cagarras completou 15 anos.. Desde 2010, aliás, o local é uma das 340 Unidades de Conservação (UC) Federais do Instituto Chico Mendes (ICMBio).
Visível da orla de Ipanema, o arquipélago tem como objetivo proteger remanescentes da Mata Atlântica insular, espécies marinhas e aves nativas.
Para celebrar, o lugar ganhou uma embarcação própria — uma lancha inflável com cabine e capacidade para 13 pessoas — que será utilizada para ações de gestão, fiscalização e ampliação da presença institucional na área.
O arquipélago é formado pelas ilhas Cagarra, Comprida, Palmas e Redonda, além das ilhotas Filhote da Cagarra e Filhote da Redonda.
A celebração aconteceu na Colônia de Pescadores Z13, no Posto 6 da Praia de Copacabana, e contou com bolo e atividades educativas.
O arquipélago é formado pelas ilhas Cagarra, Comprida, Palmas e Redonda, além das ilhotas Filhote da Cagarra e Filhote da Redonda.
A Ilha Redonda, a mais conhecida do arquipélago, chama atenção por seu formato.
Ao redor de cada ilha há uma faixa marinha protegida de dez metros, totalizando uma área de 91,23 hectares.
Em reconhecimento à sua biodiversidade, o local foi classificado como um "Hope Spot" ("ponto de esperança") pela Mission Blue Alliance, um tratado internacional de conservação marinha.
"Essa é uma data muito simbólica para nós. Estamos prestes a alcançar nossa maioridade no mundo da conservação marinha", celebrou Tatiana Ribeiro chefe da unidade da Mission Blue Alliance.
Apesar de desabitadas, as Ilhas Cagarras atraem pesquisadores, mergulhadores e turistas interessados em ecoturismo.
Lá, é possível observar aves, como atobás e fragatas, que utilizam o arquipélago como área de reprodução.
O nome "Cagarras", inclusive vem das aves marinhas que costumam sobrevoar a região e deixar seus excrementos nas rochas, dando um aspecto esbranquiçado às ilhas.
As águas ao redor são ricas em vida marinha, com presença de tartarugas, golfinhos e uma grande variedade de peixes.
Além de seu valor ecológico, as Ilhas Cagarras possuem um grande apelo visual, formando parte do cenário natural da cidade do Rio de Janeiro.
As ilhas são visíveis de pontos turísticos famosos como o Pão de Açúcar e o Forte de Copacabana.