Muito antes de se consagrar como um dos atores mais respeitados de sua geração, Caio Blat, que completou 45 anos no último dia 2 de junho, já chamava atenção nos bastidores por uma característica que sempre o acompanhou: a intensidade.

E essa intensidade não está apenas nos palcos e nas câmeras, mas também em sua vida pessoal, marcada por romances com figuras conhecidas da mídia.

Ao longo dos anos, o ator viveu relações com Mariana Ximenes, Preta Gil, Maria Ribeiro e, mais recentemente, com Luisa Arraes - com quem mantém um relacionamento aberto que desafia os padrões da monogamia.

Mas é justamente nesse equilíbrio entre vida amorosa livre e uma carreira multifacetada que Caio Blat construiu uma trajetória artística sólida e fascinante.

Nascido em 2 de junho de 1980, em São Paulo, Caio Blat de Oliveira é filho do fonoaudiólogo José Lucínio e da dentista Kátya Blat. Desde pequeno, demonstrava vocação para as artes.

Aos oito anos, começou a atuar em comerciais de TV, tornando-se um dos rostos infantis mais requisitados da publicidade brasileira. Em 1991, estreou na teledramaturgia com participações no programa "Mundo da Lua", da TV Cultura.

Poucos anos depois, então, foi contratado pelo SBT, onde atuou em novelas como "Éramos Seis" (foto) e "As Pupilas do Senhor Reitor".

Sua ascensão na TV Globo começou em 1999 com a minissérie "Chiquinha Gonzaga", e em pouco tempo virou ídolo teen com personagens como Rafael, o anjo da novela "Um Anjo Caiu do Céu" (foto), de 2001.

Mesmo interpretando, em muitos casos, o "bom moço", Caio logo mostrou que tinha talento para papéis complexos e desafiadores. Em "Da Cor do Pecado" (2004), brilhou no tom tragicômico como o maquiador Abelardo.

Já em "Império" (2014), deu vida ao inescrupuloso José Pedro, um dos papéis mais marcantes de sua carreira. Mas Caio nunca se prendeu apenas à televisão.

Apaixonado pelo cinema e pelo teatro, construiu uma filmografia respeitável com destaque para "Bróder" (2010), pelo qual venceu o prêmio de Melhor Ator no Festival de Gramado, e "Xingu" (2012), no papel de Leonardo Villas-Bôas (foto).

Em 2022, estreou na direção cinematográfica com o longa "O Debate" (foto), e agora prepara seu segundo trabalho como diretor de cinema: "Cacilda", uma homenagem à lendária atriz Cacilda Becker.

Nos palcos, sua paixão se traduz em projetos densos e autorais. Atualmente, está envolvido na montagem de "Os Irmãos Karamazov", adaptação do clássico de Dostoiévski, em que também atua e assina a dramaturgia.

Após temporada de sucesso no Rio de Janeiro, a peça segue para São Paulo, marcando uma nova fase em sua vida profissional - agora mais voltada para projetos pessoais, após encerrar um contrato de 24 anos com a Globo.

Apesar da dedicação à arte, a vida pessoal de Caio sempre esteve no radar da mídia. Seu primeiro relacionamento público foi com Mariana Ximenes, entre 1996 e 1999.

Depois, em 2000, teve um breve namoro de oito meses com Preta Gil, filha de Gilberto Gil, com quem dirigiu um videoclipe do grupo SNZ.

Em 2001, casou-se com a cantora lírica Ana Ariel, com quem adotou o filho Antônio (ambos na foto). O casamento, no entanto, terminou em 2002, e o reencontro entre pai e filho só aconteceu em 2018, após anos de batalha judicial.

Em 2005, iniciou um relacionamento com a atriz Maria Ribeiro, com quem se casou em 2007 e teve seu segundo filho, Bento, nascido em 2010. O casamento durou mais de uma década, mas chegou ao fim oficialmente em 2020.

Blat viveu também um relacionamento com Luisa Arraes, atriz e filha do cineasta Guel Arraes. Assumidamente adepto de uma relação aberta, Caio fala publicamente sobre os desafios e a liberdade que o modelo traz. Eles terminaram o namoro no fim de 2024.

Caio Blat é, acima de tudo, um artista inquieto. Ator, diretor, roteirista, ele não se acomoda com o que já conquistou. Gosta de provocar, experimentar, aprofundar. Seus projetos recentes, como a novela "Beleza Fatal", da Max, mostram sua versatilidade ao assumir papéis dentro e fora das câmeras.

Aos 45 anos, Caio vive uma fase de reinvenção. Livre dos contratos longos, mergulha cada vez mais naquilo que o motiva: contar histórias, causar reflexões e viver o amor de forma leve.

Sua carreira é, dessa forma, um reflexo dessa autenticidade. Sua vida pessoal, por sua vez, revela um homem que prefere ser verdadeiro a ser previsível. Um artista completo, multifacetado - e sempre apaixonado pela liberdade.