No Pantanal, uma cena registrada pelo fotógrafo cuiabano Marcos Halem Félix revelou uma interação rara entre uma capivara e duas aves. Uma delas aproveita para capturar mutucas que tentam picar o animal, enquanto a outra se alimenta de insetos que emergem na água conforme a capivara se move.

O vídeo, publicado no perfil do fotógrafo, mostra um exemplo de interação mutualística, quando ambas as espécies se beneficiam da convivência. Além de revelar a harmonia natural do bioma, o registro destaca o papel das capivaras como facilitadoras no ecossistema, criando oportunidades alimentares para outros animais.

Falando em capivaras, recentemente dois filhotes da criatura foram encontrados sozinhos às margens da Via Dutra, perto da base operacional da Ecovias Rio Minas. A mãe e três outros filhotes morreram no local, e os dois sobreviventes foram resgatados pela equipe da concessionária.

Eles receberam leite na mamadeira e cuidados constantes para garantir o desenvolvimento nas primeiras semanas de vida. Como são mamíferos, precisam de alimentação controlada e abrigo seguro até poderem consumir outros tipos de alimento.

Os profissionais que acompanharam o caso afirmam que os pequenos estão bem e devem ser devolvidos à natureza em cerca de três meses, após um período de readaptação.

Essa não é a primeira vez que capivaras aparecem em áreas urbanas e rodovias, o que levanta discussões sobre o avanço humano sobre os habitats naturais. Mas há bem mais coisas envolvendo esses animais que vale a pena conhecer.

Afinal, você sabia que todo dia 14/09 se comemora o Dia Internacional da Capivara? A data surgiu como uma homenagem a esse amigável roedor, que é o maior do mundo.

Pensando nisso, o FLIPAR preparou um material cheio de curiosidades sobre esse animal tão querido por muitos; veja!

A capivara (Hydrochoerus hydrochaeris) é o maior roedor do mundo e habita principalmente a América do Sul, sendo encontrada em regiões como Brasil, Argentina, Venezuela e Colômbia.

Esses animais vivem em grupos sociais e são extremamente adaptáveis a ambientes próximos a corpos d'água, como lagos, rios e pântanos.

Elas são semiaquáticas, o que significa que passam uma boa parte de seu tempo na água, utilizando-a como refúgio contra predadores e para regular a temperatura corporal.

Fisicamente, as capivaras podem atingir até 1,30 metro de comprimento e pesar em torno de 50 a 70 kg.

As capivaras têm um corpo robusto, com patas curtas e dedos parcialmente palmados, que as ajudam a nadar com eficiência.

Sua pelagem é curta e de coloração marrom-acinzentada, o que proporciona camuflagem em seu habitat natural.

As capivaras têm um temperamento tranquilo e costumam ser vistas em grandes grupos, que podem variar de dez a 20 indivíduos.

Além disso, elas são herbívoras e costumam se alimentar principalmente de gramíneas, plantas aquáticas, cascas de árvores e frutas.

Por terem dentes que crescem continuamente, as capivaras precisam roer frequentemente para desgastá-los.

As capivaras têm uma série de comportamentos sociais complexos, com interações como grooming (limpeza mútua) e vocalizações que ajudam na comunicação entre os membros do grupo.

Outra curiosidade é que elas contam com uma estrutura hierárquica bem definida, na qual geralmente um macho dominante lidera o grupo.

Capivaras também são conhecidas por seu comportamento dócil e sua capacidade de conviver pacificamente com outras espécies, incluindo humanos.

Capivaras são animais que se reproduzem com facilidade em cativeiro. Suas fêmeas dão à luz de 4 a 5 filhotes após uma gestação de cerca de 150 dias.

Os filhotes nascem completamente desenvolvidos e já são capazes de nadar logo após o nascimento.

A capivara tem poucos predadores naturais, como onças, jacarés e grandes aves de rapina. Nos últimos anos, a caça humana, tanto por sua carne quanto por seu couro, tem contribuído para a redução de suas populações em algumas áreas.

Apesar disso, em muitos lugares as capivaras são vistas como símbolos de tranquilidade e paz, devido ao seu comportamento calmo.

Elas desempenham um papel importante no ecossistema, ajudando a controlar e modificar o ambiente ao seu redor, criando trilhas e abrindo clareiras na vegetação, o que beneficia outras espécies.

Hoje, as capivaras são amplamente reconhecidas pela sua importância ecológica e carisma, tornando-se populares tanto na natureza quanto em contextos culturais e urbanos, onde podem ser vistas em parques e áreas verdes.