Há tempos a China vem se destacando como um dos países que mais investem em tecnologia. Um exemplo disso é o trem flutuante que está sendo desenvolvido no país.

A meta chinesa é usar menos aviões, poluir menos e encurtar as distâncias entre as cidades, indo mais rápido de um ponto a outro do que o som.

Segundo o site de tecnologia New Atlas, o transporte público poderia viajar a 2.000 km/h, mais rápido do que o som, que chega a apenas 1.120 km/h.

Como efeito de comparação, o avião mais rápido para passageiros atualmente é o Boeing 787 Dreamliner, que faz 1.111 km/h . O Airbus A380 também é bem rápido, com 1.098 km/h. Ambos, portanto, abaixo da velocidade do novo transporte chinês.

Se esse sistema fosse usado na Argentina, por exemplo, o trem poderia ir da capital Buenos Aires à cidade de Bariloche em apenas uma hora.

O trem hipersônico passa por testes em cidades chinesas. No início, ele será usado apenas em algumas áreas pequenas do país asiático.

O trem está sendo desenvolvido pela empresa T-Fight, com a ajuda da China Aerospace Science and Industry Corporation (Casic).

Antes, a produção estava a cargo da Hyperloop, do empresário Elon Musk, mas a companhia fechou as portas em 2022.

Depois disso, sem muita concorrência, os cientistas chineses avançaram, assumiram o projeto e mostraram ao mundo uma nova era no transporte. Veja como vai funcionar o trem hipersônico na prática!

O trem T-Flight levita e não precisa de trilhos, mas sim magnetismo para se mover sem tocar em nada.

Durante a primeira fase de testes, a Casic disse que ele chegou a 623 km/h, o que já o torna o veículo terrestre mais rápido do mundo.

O veículo inclusive vai superar o trem-bala Maglev também chinês que liga o aeroporto de Pudong ao centro de Xangai em apenas 8 minutos a 431 km/h. No Japão, um maglev está em desenvolvimento para alcançar 603 km/h.

Em outra comparação, o Eurostar atinge 300 km/h e a maioria dos trens do Reino Unido opera a cerca de 200 km/h.

O sistema usa tubos fechados com pouco ar dentro. Um teste com 2 km desse sistema na província de Shanxi deu certo e surpreendeu.

Além disso, ímãs no trilho empurram o trem para cima, fazendo ele flutuar e se mover para frente, meio que deslizando entre os trilhos em uma espécie de almofada de ar.

"Na primeira instalação, atingiremos a velocidade de 1.000 km por hora para viagens domésticas e viagens urbanas; na próxima fase, a velocidade será de até 2.000 km por hora para viagens domésticas dentro da região", afirmou o diretor técnico do projeto do sistema de trens T-Flight.

Segundo ele, a ideia é conectar as as zonas econômicas de Pequim , Xangai, Chengdu, Guangzhou e Wuhan.

Para os próximos anos, o intuito do governo chinês é integrar os diferentes países ao longo da Rota da Seda e do Cinturão na Ásia.

Não está descartada uma linha de Metrô entre Wuhan e Pequim, por exemplo – uma distância de mais de 1.055 km –, o que poderia reduzir o tempo de viagem de quatro horas para meia hora.