
Uma cidade do Japão tem promovido uma iniciativa para incentivar seus habitantes a diminuir o tempo em frente às telas.
Toyoake, um subúrbio industrial com aproximadamente 68 mil moradores, aprovou uma lei que limita o uso máximo de dispositivos digitais por duas horas diárias.
A proposta foi apresentada pelo prefeito Masafumi Kouki e aprovada pela Assembleia Municipal por 12 votos a 7.
"É muito triste terminar o dia olhando para o smartphone o tempo todo em casa. Espero que os cidadãos mudem de comportamento", declarou Kouki.
O limite estabelecido não inclui o tempo gasto no trabalho ou nas atividades escolares.
A nova regra entrou em vigor no dia 1º de outubro.
Um detalhe importante é que, apesar da aprovação oficial, a nova lei é majoritariamente simbólica.
Isso porque as autoridades locais informaram que não haverá monitoramento ou punições para quem ultrapassar as duas horas diárias recomendadas.
A expectativa é que, em um país onde as normas sociais costumam exercer grande influência, as diretrizes sejam seguidas de forma voluntária.
Apesar das boas intenções, a decisão gerou controvérsias. Muitos cidadãos consideraram a lei uma intromissão do governo na vida privada.
A prefeitura chegou a receber centenas de mensagens e ligações em forma de protesto.
Até mesmo uma petição online pedindo a revogação da medida começou a circular pelas redes sociais.
O prefeito, por sua vez, afirmou não se abalar com as reclamações: "Não me importo nem um pouco em enfrentar críticas. Só quero que as famílias tenham mais tempo para se comunicar e que mais pessoas durmam mais."
Toyoake é uma pequena cidade localizada na província de Aichi, na região central do Japão, próxima à metrópole de Nagoia.
Com uma área total de cerca de 23 km², recebeu o estatuto de cidade apenas em 1º de agosto de 1972.
Apesar do desenvolvimento urbano, Toyoake mantém um ambiente tranquilo, com bairros bem planejados e áreas verdes.
A cidade também é conhecida por seus esforços em políticas públicas voltadas ao bem-estar dos cidadãos, como projetos de sustentabilidade e educação.