
Um fóssil recém-descoberto na Namíbia revelou mais detalhes de um predador que viveu há 288 milhões de anos.
Os vestígios são de uma Gaiasia jennyae, uma espécie de salamandra gigante que habitava parte do extremo sul do supercontinente conhecido como Gondwana.
O animal pré-histórico tinha cerca de 2,5 metros e era considerado um dos principais predadores da época.
Os estudos revelaram que essa salamandra vivia em pântanos e lagos, tinha uma cabeça larga e achatada, além de dentes grandes e afiados.
Segundo as pesquisas, embora fosse lenta, a salamandra utilizava técnicas sofisticadas para "sugar" suas presas para dentro dos pântanos.
"Ele tem uma cabeça grande e plana em formato de assento de vaso sanitário, que lhe permite abrir a boca e sugar a presa. Toda a frente da boca são apenas dentes gigantes", detalhou Jason Pardo, coautor do estudo.
A descoberta indica que essas espécies antigas eram mais amplamente distribuídas do que se pensava, existindo também no extremo sul da Gondwana.
As salamandras são anfíbios pertencentes à ordem Caudata, reconhecidos por seus corpos alongados, caudas bem desenvolvidas e membros geralmente curtos.
Existem mais de 700 espécies de salamandras distribuídas em diversos habitats ao redor do mundo.
Embora elas compartilham semelhanças com lagartos em termos de aparência, são biologicamente muito distintas, estando mais próximas dos sapos e rãs.
Poucas espécies são encontradas em regiões tropicais da América Central e do Sul; a maioria habita regiões da América do Norte, Europa e partes da Ásia.
As espécies variam de poucos centímetros (como a salamandra-pigmeia) a quase 2 metros (como a salamandra-gigante-da-china).
Esses animais são conhecidos por sua capacidade de regeneração: conseguem reconstruir partes perdidas do corpo, como cauda, membros e até porções do coração ou olhos.
Muitas salamandras respiram pela pele, embora algumas tenham pulmões rudimentares ou guelras, principalmente na fase larval ou em espécies aquáticas.
São animais de hábitos noturnos, que se alimentam de pequenos invertebrados como insetos, vermes e até outras salamandras.
Algumas espécies, como a salamandra-de-fogo, secretam toxinas pela pele como mecanismo de defesa.
Apesar de sua impressionante biologia, muitas espécies estão ameaçadas de extinção devido à perda de habitat, mudanças climáticas e poluição.
Além disso, muitas salamandras contraem doenças infecciosas, como a quitridiomicose, causada por um fungo letal para os anfíbios.