Pesquisadores da Austrália descobriram que um fungo comum em solos pode transformar compostos minerais em ouro puro por meio de processos biológicos naturais.
Essa descoberta foi feita em 2024 por cientistas da Commonwealth Scientific and Industrial Research Organisation (CSIRO).
O fungo em questão, o Fusarium oxysporum, pode oferecer uma alternativa sustentável e biológica à mineração tradicional.
A espécie libera enzimas que convertem íons de ouro em partículas metálicas visíveis, sem necessidade de produtos químicos ou alta tecnologia.
O processo integra o ciclo biogeoquímico do ouro e pode ser reproduzido em pequena escala até em ambientes domésticos.
Além da redução de resíduos e poluição, o método mostra potencial para ser usado em missões espaciais, já que o fungo consegue atuar até sobre poeira de meteoritos.
Agora, pesquisas futuras buscarão melhorar a eficiência do processo e expandir sua aplicação, incluindo o uso de engenharia genética.
A descoberta abre caminho para uma nova era no setor de mineração, mais ecológica e inovadora. Veja outras curiosidades sobre o fungo!
Fusarium oxysporum é um fungo filamentoso amplamente distribuído no solo e conhecido por sua capacidade de causar doenças em uma grande variedade de plantas.
Esse patógeno pertence ao gênero Fusarium, que engloba diversas espécies capazes de provocar podridões de raízes, hastes e frutos, além de produzir micotoxinas prejudiciais à saúde humana e animal.
Uma de suas características é a capacidade de infectar o sistema vascular das plantas, provocando a chamada "murcha de Fusarium", uma doença que afeta culturas como tomate, banana, algodão e batata, entre outras.
O fungo invade as raízes e se propaga pelos vasos condutores de seiva, bloqueando o fluxo de água e nutrientes, o que leva à murcha, amarelamento e, eventualmente, à morte da planta.
O controle da murcha de fusarium é complexo devido à capacidade de sobrevivência do fungo no solo. As principais estratégias incluem a rotação de culturas, o manejo do solo e o uso de fungicidas.
Apesar de seu papel como patógeno, algumas cepas de Fusarium oxysporum são estudadas por seu potencial em biotecnologia e no controle biológico de outras pragas e doenças.
Em contextos específicos, ele pode atuar como antagonista a fungos mais perigosos ou como agente de biotransformações.
Em ambientes hospitalares, o fungo pode — ainda que raramente —, causar infecções em humanos imunocomprometidos, como onicomicoses ou infecções sistêmicas mais graves.
Devido ao seu impacto na agricultura e à sua adaptabilidade genética, o Fusarium oxysporum continua sendo objeto de intensa pesquisa.