Cientistas identificaram a causa de uma epidemia que, desde 2013, causou a morte de mais de 5 bilhões de estrelas-do-mar ao longo da costa do Pacífico na América do Norte.

A doença, que provoca lesões, perda de braços e decomposição dos tecidos, devastou mais de 20 espécies.

A estrela-do-mar-girassol foi a espécie mais afetada, com perda de 90% da população nos primeiros cinco anos.

Após anos de investigação e hipóteses descartadas — como a de um vírus —, pesquisadores do Hakai Institute descobriram que a responsável é a bactéria Vibrio pectenicida.

Essa bactéria normalmente infecta mariscos e foi identificada no fluido celômico de exemplares vivos.

Esse é um fluido corporal responsável por envolver os órgãos desses animais.

“Essas descobertas resolvem uma questão de longa data sobre uma doença muito grave nos oceanos”, apontou Rebecca Vega Thurber, microbiologista marinha da Universidade da Califórnia em Santa Bárbara.

Agora, os cientistas planejam estratégias para salvar as populações remanescentes, como reprodução em cativeiro e reintrodução.

A recuperação é crucial porque, sem as estrelas-do-mar, as florestas de algas marinhas foram drasticamente reduzidas, afetando todo o ecossistema.

Essas florestas são consumidas por ouriços-do-mar que, por sua vez, são presas das estrelas-do-mar, o que explica o desequilíbrio.

As estrelas-do-mar são animais marinhos fascinantes que pertencem ao filo Echinodermata, o mesmo grupo dos ouriços-do-mar, pepinos-do-mar e lírios-do-mar.

Elas são conhecidas por sua forma icônica, geralmente com cinco braços — embora algumas espécies possam ter mais.

Seu corpo é coberto por uma carapaça calcária rígida, mas ainda assim flexível, e muitas apresentam cores vivas, como vermelho, azul, amarelo ou roxo.

Algumas estrelas-do-mar podem ter o corpo coberto de espinhos, o que confere proteção contra predadores.

Uma das características mais impressionantes das estrelas-do-mar é sua capacidade de regeneração: se perderem um braço, podem reconstruí-lo com o tempo.

Algumas espécies até conseguem regenerar o corpo inteiro a partir de um único braço, desde que parte do disco central esteja intacto.

A alimentação das estrelas-do-mar varia conforme a espécie. No geral, se alimentam de moluscos, corais, algas ou matéria orgânica em decomposição.

Normalmente, esses animais são encontrados em quase todos os oceanos do mundo, desde águas rasas até grandes profundidades.

Outra curiosidade é que as estrelas-do-mar não possuem cérebro nem sangue; em vez disso, contam com um anel nervoso que coordena seus movimentos e água do mar circulando em seu corpo para transportar nutrientes.