As Linhas de Nazca, no Peru, são figuras milenares criadas pelo povo Nazca entre 500 a.C. e 500 d.C., que intrigam pesquisadores há décadas.
Recentemente, com a ajuda da inteligência artificial (IA), cientistas dobraram o número de figuras conhecidas e identificaram 303 novos geoglifos em apenas seis meses.
Uma equipe liderada pelo professor Masato Sakai (Universidade Yamagata), com apoio de profissionais da IBM, usou IA para analisar imagens aéreas, revelando padrões invisíveis a olho nu.
Os novos geoglifos sugerem que as linhas tinham funções rituais e espirituais, conectando pessoas à paisagem e divindades.
Além de agilizar pesquisas, a tecnologia está transformando a arqueologia, combinando métodos tradicionais com ferramentas digitais como fotogrametria e sensoriamento remoto.
Além de Nazca, a IA já está sendo aplicada em outros sítios arqueológicos, como em Saruq Al Hadid, nos Emirados Árabes.
Em 2013, pesquisadores fizeram uso da tecnologia para analisar um centro de fundição de cobre que existiu entre 1.270 e 800 a.C.
A IA ajudou a mapear os artefatos e orientar melhor as escavações.
Apesar dos avanços, a IA ainda requer validação humana, mas sua evolução promete ampliar o alcance e a precisão das pesquisas.
A descoberta em Nazca é um marco na arqueologia moderna e exemplifica o potencial da união entre ciência e tecnologia para desvendar o passado da humanidade.
As Linhas de Nazca são consideradas um dos maiores mistérios arqueológicos da humanidade. Saiba mais sobre elas!
Essas figuras gigantescas cobrem uma área de cerca de 500 km².
As linhas formam desenhos complexos, incluindo animais (como um macaco, um beija-flor e uma aranha), figuras geométricas e traços.
A técnica utilizada para criá-las consistia em remover a camada superficial de pedras escuras, revelando o solo mais claro por baixo.
Algumas figuras chegam a ter centenas de metros de comprimento e só podem ser vistas em sua plenitude do alto, o que alimentou teorias sobre seus propósitos e meios de criação.
Entre as hipóteses mais conhecidas está a de que as linhas teriam uma função astronômica, servindo como um calendário ou observatório celestial.
Outras teorias sugerem que eram caminhos ritualísticos ou até mesmo mensagens para divindades.
A arqueóloga alemã Maria Reiche dedicou décadas de sua vida ao estudo das Linhas de Nazca, defendendo que elas tinham um significado cosmológico.
Desde 1994, as Linhas de Nazca são Patrimônio Mundial da UNESCO e atraem turistas e pesquisadores do mundo todo.