A celebração de 25 anos da canonização de Santa Josefina Bakhita foi marcada pela entrega de dois "presentes".

As homenagens promovidas no dia 7 de outubro pela Prefeitura de Santos incluíram a inauguração de uma praça e um busto da santa.

A praça fica na rua República Portuguesa, na Vila Mathias, próximo à igreja que leva seu nome.

O evento contou com a presença de fiéis, autoridades e o bispo Dom Tarcísio Scaramussa, que abençoou o monumento.

A ligação da santa com a cidade de Santos se dá por um milagre reconhecido pelo Vaticano: a cura de úlceras varicosas graves em Eva Tobias da Costa, moradora de Praia Grande e fiel da Catedral de Santos.

O episódio foi reconhecido pelo Papa João Paulo II em 2000 e levou à construção da primeira igreja do estado de São Paulo dedicada a Bakhita em Santos.

Nascida em Darfur, no Sudão, em 1869, Josefina Bakhita foi raptada e escravizada ainda na infância.

Após ser comprada por um cônsul italiano, Bakhita foi levada para a Itália.

Em Veneza, ela ingressou na ordem das Irmãs Canossianas, onde descobriu a fé cristã.

Ela obteve sua liberdade após o tribunal italiano decidir que a escravidão não era legalmente reconhecida no país.

Em 1890, Bakhita recebeu o Batismo, a Confirmação e a Primeira Comunhão, adotando o nome de Josefina.

Seis anos depois, em 1896, ela ingressou na ordem das Irmãs Canossianas.

Bakhita era conhecida por sua bondade, humildade e sorriso constante, mesmo após todas as dores que viveu.

Ela morreu em 8 de fevereiro de 1947, na cidade italiana de Schio, onde passou grande parte de sua vida religiosa.

Em 1º de outubro de 2000, o papa João Paulo II a canonizou, tornando-a Santa Josefina Bakhita, a primeira santa do Sudão.

Hoje, a Santa Josefina Bakhita é considerada padroeira do Sudão e das vítimas de tráfico humano e de escravidão.

Seu legado inspirou o Dia Mundial de Oração e Reflexão Contra o Tráfico de Seres Humanos, instituído pelo Papa Francisco e celebrado todo 8 de fevereiro.