Famosa pelo incentivo ao uso das bicicletas como meio de locomoção, a Holanda é um dos países com menor número de automóveis no mundo. Por lá, fica uma pitoresca cidade onde não há carros ou estradas: Giethoorn.

Giethoorn tem 2,9 mil habitantes e encontra-se à beira de um pântano na província de Overijssel, cerca de 90 minutos de Amsterdã.

Acessível apenas de barco, a cidade é conhecida como a "veneza holandesa", por ter cerca de 90km de canais e 180 pontes que ligam casas, restaurantes, hotéis e museus.

A cidade também ganhou fama na década de 1950, quando o cineasta holandês Bert Haanstra filmou a comédia Fanfare no município.

Por lá, até o correio é entregue via embarcações. Já os visitantes necessitam estacionar seus carros fora de cidade e alugar barcos para explorar os pontos turísticos.

De acordo com os moradores, o som mais alto que os turistas e residentes irão ouvir em Giethoorn serão o nadar e grasnar dos patos.

Fundada no século XIII, Giethoorn foi determinada pela geografia e pelos cursos de água que atravessam a região, na província de Overijssel.

Ela surgiu em um pântano, e os primeiros habitantes construíram suas casas sobre pequenas ilhas, conectadas por uma rede de canais.

Existe, por lá, a regulamentação de que nada pode ser construído no chão. O intuito veio do desejo de preservar o equilíbrio natural da região e manter a paisagem intacta.

Esse aspecto faz com que o caráter único da cidade seja preservado, com suas construções sendo feitas sobre as águas, sem a presença de estradas ou veículos.

Por não ter ruas tradicionais, a principal forma de transporte em Giethoorn é o barco. Tanto moradores quanto turistas se deslocam por meio de pequenas embarcações que percorrem os canais.

Os barcos são usados ​​para tudo, desde o transporte diário e compras até mesmo serviços essenciais como a entrega de mercadorias.

As casas são conectadas por pontes de madeira e trilhas pedestres. Além disso, as bicicletas também são populares em Giethoorn, com algumas ciclovias ao longo dos canais.

Atualmente, Giethoorn tem pouco mais de 2.600 habitantes e recebe anualmente milhares de turistas, que têm o interesse ​em viver a experiência de uma cidade sem ruas tradicionais.

O nome "Giethoorn" significa "chifre de cabra" devido aos muitos ossos de cabras encontrados quando os primeiros colonos chegaram, sugerindo uma criação de cabras que morreu durante a inundação.

A vila cresceu no século XVII com a exploração da turfa, um material que se tornaria um combustível natural importante. O processo de escavação para extraí-lo criou os canais e lagos, que moldam a paisagem em um terreno pantanoso.

Vale destacar que canais de Giethoorn congelam durante o inverno, quando as temperaturas estão suficientemente baixas.

Por fim, o ritmo desacelerado permite que as pessoas conectem-se umas com as outras. Elas também podem ter uma relação mais íntima com o ambiente, aos criar laços mais duradouros.