Imagine um mundo onde o vapor é a principal fonte de energia e as invenções parecem saídas de um romance do século XIX: bem-vindo ao steampunk. Esse subgênero da ficção científica mescla cenários vitorianos com tecnologia fantástica, engrenagens expostas e máquinas grandiosas.
Com visual único e atmosferas criativas, o steampunk encontrou no cinema um terreno fértil para narrativas ousadas e visualmente marcantes. A seguir, conheça dez filmes com essa pegada disponíveis em serviços de streaming.
No animado e visualmente rico "Steamboy" (2004), disponível na Max, acompanhamos Ray Steam, um jovem inventor que se vê envolvido em uma disputa por uma fonte de energia a vapor extremamente poderosa.
Ambientado na Inglaterra vitoriana, o filme dirigido por Katsuhiro Otomo é um exemplo clássico do steampunk japonês, com cenas repletas de maquinários gigantes, conflitos éticos e paisagens industriais cuidadosamente desenhadas.
A fantasia mágica "O Castelo Animado" (2004), disponível na Netflix, apresenta um castelo ambulante que se move com a ajuda de mecanismos complexos, alimentados por uma mistura de magia e ciência.
Dirigido por Hayao Miyazaki, o filme encanta com sua estética retrofuturista e cenários que misturam o poético ao industrial, enquanto a protagonista Sophie embarca em uma jornada de autoconhecimento ao lado do enigmático mago Howl.
Inspirado na obra de Júlio Verne, o clássico "20.000 Léguas Submarinas" (1954), que pode ser assistido no Disney+, traz o lendário Capitão Nemo e seu submarino Nautilus como ícones do steampunk.
A ambientação subaquática e os equipamentos tecnológicos avançados para o século XIX contribuem para o tom retrofuturista da narrativa, que combina aventura, crítica à guerra e efeitos visuais impressionantes para a época.
Com uma abordagem dinâmica e moderna, "Sherlock Holmes" (2009), disponível na Max, reinventa o famoso detetive em um mundo onde ciência e engenhocas mecânicas se misturam ao crime e à investigação.
Robert Downey Jr. e Jude Law vivem Holmes e Watson em uma Londres sombria e cheia de dispositivos criativos, em uma narrativa de ação envolvente que incorpora perfeitamente o espírito do steampunk.
O pós-apocalipse ganha tons vitorianos em "Máquinas Mortais" (2018), filme disponível no Prime Video que apresenta um mundo onde cidades gigantescas e móveis devoram umas às outras.
A estética steampunk aparece em cada detalhe visual, das engrenagens das cidades aos trajes dos personagens. A história acompanha Tom e Hester (Hera Hilmar, na foto) em uma jornada de sobrevivência e resistência, em meio a um cenário marcado por tecnologia primitiva e design extravagante.
Em "O Mistério do Relógio na Parede" (2018), disponível no Globoplay, um garoto órfão descobre que seu tio é feiticeiro e que um relógio mágico está prestes a provocar o fim do mundo.
Com direção de Eli Roth, conhecido por filmes de terror, o longa adota uma estética gótica e misteriosa, onde o grande destaque são os mecanismos do relógio escondido na casa. A presença de Jack Black e Cate Blanchett traz charme e leveza à narrativa.
Aclamado e excêntrico, "Pobres Criaturas" (2023), que pode ser assistido no Disney+, mistura ficção científica e crítica social em um ambiente vitoriano deformado e inventivo. A história de Bella (Emma Stone), ressuscitada por um cientista pouco ortodoxo, transita entre o grotesco e o poético.
A direção de Yorgos Lanthimos, aliada ao visual exuberante, evoca o steampunk ao explorar invenções bizarras, modos de vida alternativos e uma protagonista que desafia os limites da ciência e da moral.
Com direção de Christopher Nolan, "O Grande Truque" (2006), disponível no Disney+, acompanha dois mágicos rivais no fim do século XIX, que usam ciência e ilusão para superar um ao outro.
A estética da época, combinada com invenções inspiradas nas ideias de Nikola Tesla, mergulha o espectador em um universo de rivalidade e obsessão. O elenco estelar, com Christian Bale, Hugh Jackman e Scarlett Johansson, reforça o impacto dramático da história.
Baseado em uma saga literária, "A Bússola de Ouro" (2007), disponível na Max, apresenta um mundo paralelo com tecnologia arcaica e traços de magia.
A jovem Lyra Belacqua (Dakota Blue Richards), guiada por um instrumento enigmático, embarca em uma aventura por territórios inóspitos em busca de respostas sobre uma substância misteriosa. Com direção de arte detalhada e uma ambientação alternativa à era vitoriana, o filme mistura religião, ciência e simbolismo.
Por fim, "Sucker Punch: Mundo Surreal" (2011), também disponível na Max, mergulha o espectador em uma sequência de mundos imaginários criados por Babydoll (Emily Browning), uma jovem internada em um sanatório.
Nesses universos paralelos, ela enfrenta criaturas místicas, robôs e inimigos futuristas, todos inseridos em paisagens de estilo industrial e tecnológico retrô. Dirigido por Zack Snyder, o filme combina ação estilizada com elementos do steampunk e fantasia sombria.