No ar desde 2017 como sucessor do lendário “Programa do Jô”, o “Conversa com Bial” se prepara para encerrar sua trajetória, segundo o site “Na Telinha”.

A atração apresentada por Pedro Bial deve deixar a grade da TV Globo em dezembro, após completar nove temporadas no ar.

De acordo com a publicação, um dos obstáculos para estender a atração é o horário de exibição - depois da 1h da manhã -, o que reduz o potencial comercial do programa pela audiência menor. A emissora pretende transformar o período em uma ampla faixa de reprises das novelas.

O apresentador, que renovou recentemente seu contrato com a Globo, segue à frente do “Som Brasil” e do núcleo de documentários do Globoplay, além de haver a possibilidade de comandar um novo programa.

Entre as possibilidades estudadas está a criação de um programa semanal, a ser exibido na linha de shows - faixa entre a novela das nove e o Jornal da Globo. Há também a chance de um retorno do “Na Moral”, projeto anterior de Bial que abordava dilemas éticos e temas sociais contemporâneos.

Filho de refugiados alemães, Pedro Bial nasceu no Rio de Janeiro em 29 de março de 1958. Criado em ambiente intelectual e cosmopolita, ele estudou no Colégio Santo Inácio, onde foi colega e amigo do cantor Cazuza. Posteriormente, formou-se em Jornalismo pela PUC-Rio.

Sua trajetória profissional começou como repórter na TV Globo em 1981. Inicialmente atuou no “Jornal Hoje”, e em seguida integrou a equipe do “Globo Repórter”, onde permaneceu até 1988.

No início dos anos 1990, ele cobriu eventos internacionais de grande impacto como correspondente em Londres, incluindo a Guerra do Golfo, o colapso da União Soviética, a Guerra Civil da Iugoslávia e a queda do Muro de Berlim.

Bial consolidou-se como um dos rostos mais conhecidos do jornalismo televisivo brasileiro ao assumir o comando do "Fantástico", em 1996, permanecendo no programa até 2007.

A partir daí, ele diversificou sua carreira na televisão, no cinema e na literatura. Entre 2002 e 2016, apresentou o “Big Brother Brasil”, tornando-se um dos símbolos do reality show. Ele também comandou o programa “Espaço Aberto”, da GloboNews.

Além da televisão, Bial tem uma forte ligação com a poesia e as artes. Ainda nos anos 1980, formou um grupo de recitais e manteve a paixão pela literatura ao longo da vida.

No cinema, dirigiu o filme “Outras Estórias” e os documentários “Os Nomes do Rosa” e “Jorge Mautner - O Filho do Holocausto”.

Em 2012, estreou o programa “Na Moral”, que discutia temas confrontando pessoas com visões diferentes. A atração durou três temporadas, sendo encerrada em agosto de 2014.

Como escritor, Bial publicou em 2004 a biografia autorizada “Roberto Marinho”, dedicada ao fundador da TV Globo. Recentemente, ele lançou "Isabel do vôlei da vida: A onda mais alta de Ipanema", sobre a trajetória da jogadora de vôlei Isabel Salgado, que morreu em 2022.

O jornalista também foi autor do musical “Chacrinha”, lançado em 2014, e fez uma participação como ele mesmo no filme “As Aventuras de Agamenon, o Repórter”.

Na vida pessoal, Bial foi casado com Renée Castelo Branco, mãe de sua filha Ana, nascida em 1987. Posteriormente, teve relacionamentos com as atrizes Giulia Gam - com quem teve o filho Theo, em 1998 - e Fernanda Torres.

Já do casamento com a produtora Isabel Diegues, nasceu o filho José Pedro, em 2002. Desde 2015, ele é casado com a jornalista Maria Prata, com quem tem as filhas Laura e Dora.

Torcedor do Fluminense, Bial é irmão do técnico de basquete Alberto Bial e da psicoterapeuta Irene Bial. Em 2025, ele perdeu a mãe, Susanne Bial, que morreu aos 101 anos.