Um jovem de 23 anos morreu após ser picado por uma aranha-violinista em Bari, na região da Puglia, na Itália.

Segundo relatos de médicos locais, Giuseppe Russo foi picado na perna direita enquanto trabalhava no campo, em Collepasso, na província de Lecce.

No início, o jovem acreditou que a picada era de um mosquito, mas o ferimento se expandiu, provocando outros sintomas como dor intensa, pus e necrose na perna.

De acordo com a mídia local, o jovem faleceu depois de sofrer um choque séptico e falência múltipla dos órgãos.

Comum em várias partes do mundo — especialmente Brasil e Estados Unidos —, a aranha-violinista (Loxosceles) pertence a um gênero que inclui várias espécies de aranhas, sendo a mais conhecida a "loxosceles reclusa".

Essas aranhas são chamadas de violinistas devido a uma marca em forma de violino na parte superior de seus corpos, com a "base" do violino próxima à cabeça e o "braço" estendendo-se para trás em direção ao abdômen.

As aranhas-violinistas são noturnas e reclusas, preferindo ambientes quentes, secos e escuros. Elas costumam se esconder em lugares como pedras, troncos, telhas, tijolos, tábuas de madeira e embaixo de móveis.

Apesar de inicialmente ser indolor, a picada da aranha-violinista pode causar a destruição de células e tecidos no local da picada, como no caso do jovem de 23 anos. Conheça outras aranhas venenosas pelo mundo!

Aranha-da-areia (Sicarius sp.): Pertencente ao gênero Sicarius, é uma aranha muito perigosa, conhecida por sua habilidade de se camuflar na areia e pelo veneno potente. Habita regiões desérticas da América do Sul e da África.

Devido à raridade das picadas, não há um antídoto específico para o veneno da aranha-da-areia, que é altamente necrotizante e hemolítico, similar ao das aranhas-marrons.

Aranha-teia-de-funil (Atrax): Nativa da Austrália, essa aranha possui um veneno potente que pode ser fatal para humanos. Sua picada causa dor intensa, náuseas, vômitos, sudorese e dificuldade para respirar.

Na Austrália, a teia-de-funil já causou várias fatalidades. No entanto, na década de 1980, foi desenvolvido um antídoto específico para seu veneno, o que resultou no fim das mortes associadas a encontros com essa aranha.

Aranha-rato (Missulena): Essa outra aranha australiana se esconde em tocas subterrâneas durante o dia e emerge à noite para caçar pequenos insetos e outros artrópodes.

Embora seu veneno seja potente, há poucos registros de picadas fatais ou graves em humanos.

Aranha-de-costas-vermelhas (Latrodectus hasselti): Encontrada na Austrália, essa aranha tem um comportamento parecido com o da viúva-negra. Elas também se alimentam dos machos após a cópula.

O veneno da aranha-de-costas-vermelhas é neurotóxico, contendo latrotoxina, que afeta o sistema nervoso. Embora as picadas sejam dolorosas, os casos fatais são extremamente raros devido à disponibilidade de tratamento.

Viúva-negra (Latrodectus): Essas aranhas são conhecidas por sua coloração brilhante e pela forma de ampulheta em seu abdômen. Pode ser encontrada em vários lugares do mundo.

Embora rara, a picada pode causar sintomas graves como dor muscular intensa, câimbras, sudorese, hipertensão e, em alguns casos, até a morte.

Aranha-marrom (Loxosceles gaucho): Da mesma família Loxosceles da aranha-violinista, existe especialmente nos Estados Unidos. No Brasil, é uma das espécies mais perigosas.

Embora não seja tão agressiva quanto outras espécies, a aranha-marrom possui um veneno necrosante que pode causar feridas profundas e dolorosas na pele. Em alguns casos, a picada pode levar à amputação.

Aranha-armadeira (Phoneutria): Também conhecida como "aranha das bananas", a armadeira é altamente agressiva e é considerada a mais perigosa do mundo. Sua toxina pode agir mais rápido que a de muitas serpentes.

O veneno afeta o sistema nervoso, podendo levar a dificuldades respiratórias e parada cardíaca. Entre as aranhas presentes no Brasil, a armadeira é uma das que mais causam acidentes.