O Curupira é uma das principais figuras do folclore brasileiro. Segundo o mito de origem indígena, ele é defensor da fauna e da flora., confrontando quem, de alguma forma, tenta prejudicar as florestas e os animais.

Como possui os pés virados para trás, aestratégia principal do Curupira é confundir seus oponentes com as pegadas.

A cultura brasileira tem diversas lendas que fazem parte de tradições consolidadas na memória coletiva. Conheça , além do Curupira as principais figuras do folclore nacional.

O Saci tem tanta representatividade na cultura popular brasileira que em 31 de Outubro se comemora Dia do Saci-Pererê -A data foi criada para valorizar o folclore nacional em contraposição ao Halloween dos povos anglo-saxões, criticado por quem enxerga a festa das Bruxas como um retrato de cultura estrangeira que nada tem a ver com o Brasil.

O saci veste um shorts vermelho e usa dois itens que lhe dão poderes mágicos: um gorro e um cachimbo. Ele se diverte escondendo objetos e deixando as pessoas confusas.

Boitatá - Mito com variações, a depender da região do país. A versão original, do povo tupi-guarani, o retrata como uma cobra de fogo que protege a mata e tem o poder cegar as pessoas ao fazer contato visual.

Boto Cor de Rosa - Lenda da região Norte, principalmente da Amazônia, onde o boto vive nos rios e igarapés. De acordo com a narrativa, o animal busca a civilização no período da noite.

Segundo a lenda, o Boto se transforma em um homem que seduz mulheres. Assim, quando não há indícios a respeito da ligação paterna de uma criança, o habitual é chamá-la de "filha do boto".

Cuca - Mito cuja fama se expandiu pelo Brasil inteiro graças ao "Sítio do Pica-Pau Amarelo", livro de Montero Lobato que inspirou série infantil de TV. Trata-se de uma bruxa no corpo de um jacaré, com unhas grandes e voz assustadora.

A narrativa foi criada para assustar crianças que não obedecem aos pais. A música “Nana neném que a Cuca vem pegar…” é bastante popular.

Caipora - Protetor da mata e dos animais. Se perceber a presença de caçadores, a figura indígena emite uivos intensos e altos para espantá-los. Pode ser menino ou menina, de cabelos vermelhos.

Iara ou Mãe D’água - Lenda do povo Tupi, descreve uma jovem de extrema beleza que causava inveja, inclusive dos irmãos, que tentaram matá-la.

Ela se vingou e, após a morte dos irmãos, seu pai a jogou no rio. Os peixes a salvaram e ela transformou-se em sereia.

Lobisomem - Mito surgido na Europa e que foi absorvido pelo folclore brasileiro. Homem durante o dia, ele vira uma besta sedenta por sangue à noite, como um lobo, uivando e provocando terror.

Em alguns locais, criou-se o mito de que crianças não batizadas podem enfrentar essa maldição.

Mula sem cabeça - Diz respeito a uma maldição que caiu sobre uma mulher após ela iniciar um namoro com um padre. Assim, na virada de quinta para sexta-feira, ela se transforma no animal – fruto do cruzamento do jumento com a égua.

Do pescoço para cima, labaredas de fogo ocupam o lugar onde haveria a cabeça. Segundo a lenda, quando vira a mula a mulher galopa por ruas próximas a igrejas, causando medo em que se depara com ela.

Negrinho do Pastoreio - Lenda da região Sul do Brasil, com raízes africanas e cristãs. Isso porque a trama tem como protagonista um menino negro e escravo, que foi acusado injustamente pelo sumiço de um cavalo do seu patrão. Aliás, o jovem foi obrigado a voltar ao pasto para recuperá-lo.

Como não encontrou, ele foi colocado dentro de um formigueiro para passar a noite. Ao acordar, estava sem ferimentos e ao seu lado apareceu uma santa, a Virgem Maria, que o ajuda a achar o animal. As pessoas que perdem algo acendem uma vela pedindo a auxílio da figura do Negrinho do Pastoreio para reaver os pertences.