Carl Erik Rinsch, diretor que iria comandar uma série da Netflix chamada "Conquest", foi preso nesta terça-feira (18/03) em Nova York.
A produção, que teria a brasileira Bruna Marquezine e o astro Keanu Reeves ("John Wick") no elenco, chegou a ter cenas rodadas em São Paulo.
De acordo com o jornal The New York Times, o cineasta é acusado de fraude financeira.
Segundo informações, ele teria desviado US$ 11 milhões (cerca de R$ 62 milhões) que deveriam ser usados na produção, que não saiu do papel.
A polícia afirma que ele gastou o dinheiro com investimentos arriscados, como ações da bolsa, moedas virtuais e uma frota de Rolls-Royces.
Além disso, ele teria comprado dois colchões(!) que custaram cerca de US$ 638 mil (aproximadamente R$ 3,6 milhões).
Rinsch está enfrentando sete acusações, incluindo fraude eletrônica, lavagem de dinheiro e movimentação de valores ilegais.
Se for condenado por todos os crimes, pode pegar até 90 anos de prisão.
De acordo com os documentos do caso, ele teria pedido um grande investimento a uma plataforma de streaming, dizendo que o dinheiro seria usado para produzir a série de TV.
No entanto, as autoridades afirmam que tudo não passava de uma grande fraude.
A Rolling Stone tentou entrar em contato com um advogado do cineasta, mas foi informada de que ele não o representava mais. A revista também tentou contato direto com Rinsch, mas não recebeu resposta.
Antes chamada de "White Horse", a série "Conquest" recebeu um investimento de US$ 55 milhões (cerca de R$ 315 milhões) da Netflix, segundo o The New York Times.
Mesmo com tanto dinheiro, o diretor não chegou a entregar nem um episódio pronto sequer.
Entrevistas com atores, membros da equipe e a análise de documentos judiciais, mensagens e e-mails apontam que o diretor chegou a fazer declarações problemáticas sobre a transmissão da COVID.
Em 2013, Carl Erik Rinsch dirigiu o filme "47 Ronins", que também contou com Keanu Reeves no papel principal.
Depois que o escândalo veio à tona, Rinsch fez uma publicação nas redes sociais atacando a reportagem do NYT, mas apagou em seguida.
A produção da série começou entre 2016 e 2017 e contou com a ajuda de duas empresas para fazer seis episódios curtos. Até este momento (março/25), nada foi lançado.