
Após escândalos virem à tona, o rei Charles III deu início ao processo oficial para retirar todos os títulos e honrarias do irmão caçula, príncipe Andrew.
Com a mudança, ele deixará de ter a alcunha de príncipe e passará a ser chamado apenas de Andrew Mountbatten-Windsor.
A medida foi tomada em resposta ao escândalo envolvendo seu vínculo com Jeffrey Epstein, condenado por abuso de menores.
Mesmo após afirmar ter rompido o contato com Epstein, e-mails de 2011 indicaram que Andrew ainda se comunicava com ele.
"Essas sanções são consideradas necessárias, apesar de ele [Andrew] continuar negando as acusações contra ele", comunicou o Palácio de Buckingham.
Andrew não contestou a decisão do irmão, que não altera sua certidão de nascimento nem tem efeito retroativo.
Ele também perderá o direito de ser tratado como Sua Alteza Real e terá revogadas as honrarias da Ordem da Jarreteira e da Ordem Real Vitoriana.
As filhas de Andrew, as princesas Eugenie e Beatrice, manterão seus títulos. Já sua ex-esposa, Sarah Ferguson, voltou a usar o nome de solteira.
Além disso, Andrew foi notificado de que deverá deixar o Royal Lodge, mansão onde vive com Sarah em Windsor.
"A notificação formal para rescisão do contrato de arrendamento já foi entregue e ele se mudará para uma residência privada alternativa", informou a nota.
“Suas Majestades deixam claro que seus pensamentos e mais profundas condolências estiveram e continuarão com as vítimas e sobreviventes de todas as formas de abuso”, reforçou o Palácio de Buckingham.
Andrew, que já havia renunciado a certos deveres reais no início de outubro, continua negando ter tido qualquer conduta imprópria.
Segundo a BBC, Andrew deverá se mudar para a propriedade de Sandringham, em Norfolk, embora o Palácio não tenha informado qual será sua nova residência dentro do complexo.
Sarah Ferguson também precisará sair da Royal Lodge e buscar outro lugar para morar.
O rei Charles custeará — com recursos privados — a nova residência de Andrew e oferecerá apoio financeiro temporário durante a mudança.
Em 2022, Andrew fez um acordo judicial com Virginia Giuffre, que o acusou de abusá-la quando ela tinha 17 anos.
Detalhes do caso voltaram à mídia com o lançamento do livro póstumo de Giuffre, "Nobody’s Girl" ("A Garota de Ninguém", em tradução livre).
"Concordei com uma ordem de silêncio de um ano, o que pareceu ser importante para o príncipe, pois garantia que o Jubileu de Platina de sua mãe não fosse mais ofuscado do que já estava", escreveu Giuffre.
Giuffre morreu em abril de 2025, aos 41 anos. Segundo a família, ela tirou a própria vida.
Apesar das mudanças, Andrew permanece como o oitavo na linha de sucessão ao trono britânico.