Conhecido como a sétima arte, o cinema combina elementos visuais e sonoros para criar uma experiência narrativa e estética aos espectadores. Além de expressar ideias e emoções, pode fazer o indivíduo pensar e refletir sobre a realidade.

O cinema pode apresentar obras que vão desde o foco no entretenimento até reflexões profundas sobre a existência humana. Existem diversas obras que trazem experiências que vão além do convencional, com uma complexidade na narrativa.

Assim, obras cinematográficas que possuem alto grau de raciocínio lógico ou apreciam debates filosóficos ganham cada vez mais espaço. Questões existenciais, viagens no tempo, linguagem e identidade são assuntos que chamam a atenção.

Diante disso, o portal "O Antagonista" reuniu uma lista com os cinco filmes mais inteligentes, que estimulam o pensamento e se destacam por suas abordagens inovadoras e complexas.

O primeiro deles é "2001: Uma Odisseia no Espaço", de 1968. Dirigido por Stanley Kubrick, este clássico da ficção científica é conhecido por seu ritmo contemplativo, poucos diálogos e forte carga simbólica.

Dessa forma, este filme aborda temas como a evolução da humanidade, inteligência artificial e o papel do ser humano no universo. Ele explora os avanços da tecnologia, com o conflito entre a máquina e o ser humano, sendo quase que uma profecia.

Afinal, o filme se destaca por prever com uma precisão impressionante os avanços que veríamos na inteligência artificial (IA), um dos assuntos do momento na atualidade.

A história é contada de forma não convencional, com cenas longas e simbólicas que desafiam o espectador a interpretá-las. O filme, então, se tornou atemporal, pois é analisado e discutido por críticos, pesquisadores e cineastas, até a atualidade.

O segundo filme da lista é mais recente, de 2004, intitulado "Primer". É uma produção independente, dirigida por Shane Carruth, famosa por sua abordagem realista dos paradoxos de viagem no tempo.

Assim, a narrativa complexa e a ausência de explicações facilitadas desafiam o espectador a acompanhar múltiplas linhas temporais.

"Primer" explora as complexidades e paradoxos da viagem no tempo de maneira realista e intrigante, o que exige atenção e paciência do espectador para acompanhar a trama.

Aaron e Abe são jovens engenheiros que realizam experiências científicas em uma garagem. O projeto mais recente em que estão trabalhando é um dispositivo que reduz o peso de um objeto em seu interior, ao bloquear a força da gravidade.

Synecdoche, New York, de 2008, é o terceiro da lista. Sob a direção de Charlie Kaufman, a obra explora questões de identidade, mortalidade e percepção da realidade. Ela utiliza uma estrutura narrativa fragmentada e cheia de simbolismos.

Synecdoche, New York, mergulha em questões existenciais profundas, como a busca por significado e a inevitabilidade da morte, de forma não linear e provocativa.

Com uma narrativa não convencional, o longa utiliza a sinédoque, uma figura de linguagem onde uma parte representa o todo. O uso é de forma criativa para refletir a confusão e complexidade da vida do protagonista.

Este filme, portanto, exige um envolvimento ativo do espectador, que precisa decifrar os símbolos e interpretar as múltiplas camadas da narrativa.

"A Chegada", de 2016, é considerado um filme inteligente e reflexivo. Ele aborda temas complexos como linguagem, comunicação, percepção do tempo e o impacto da linguagem na nossa forma de pensar e interagir com o mundo.

"A Chegada" não foca em batalhas espaciais ou invasões alienígenas, mas sim na comunicação e na linguagem como ferramentas para entender o desconhecido.

Com direção de Denis Villeneuve, o filme apresenta um mistério intrigante e soluções satisfatórias, sem recorrer a clichês ou simplificações.

Nesse sentido, Amy Adams se destaca com uma atuação sutil e poderosa, enquanto o diretor Denis Villeneuve busca tratar de temas complexos e criar uma atmosfera de mistério.

Inspirado na obra de Dostoiévski e dirigido por Richard Ayoade, "O Duplo", de 2013, utiliza elementos surrealistas e humor ácido para discutir temas como identidade e alienação.

O longa não oferece respostas fáceis, permitindo que o espectador interprete a história e os eventos à sua maneira, apresentando-o com múltiplas camadas e significados.

Explora questões psicológicas e filosóficas, que convidam o público a refletir sobre a natureza da existência e da identidade. Além disso, critica a sociedade moderna, a burocracia e a busca por pertencimento, de forma inteligente e sutil.

Nesta obra, o protagonista é tímido, solitário, rejeitado pela mãe e desprezado pela amada. Simon, então, tem um choque ao conhecer seu novo colega de trabalho: James. Ambos são fisicamente idênticos, entretanto opostos na personalidade.

Segundo o site, para aproveitar esse tipo de filme, é preciso assistir sem distrações, pesquisar sobre o contexto, rever cenas, debater com outras pessoas e ler análises e críticas.