
Você sabia que existe uma instituição britânica de prestígio que forma babás altamente qualificadas desde o século 19?
Trata-se da Norland College, fundada em 1892, em Londres, e atualmente sediado em Bath, sudoeste da Inglaterra.
As babás formadas no local são frequentemente comparadas a personagens como Mary Poppins e até James Bond devido à combinação de habilidades educacionais e técnicas de segurança que elas recebem.
O curso dura 4 anos e inclui disciplinas como psicologia infantil, etiqueta, nutrição, primeiros socorros e pedagogia.
As alunas também aprendem tarefas domésticas, como lavar roupas de bebê e cozinhar refeições saudáveis.
A escola também ensina alguns diferenciais um tanto quanto "incomuns", como direção defensiva, autodefesa, segurança cibernética e prevenção de sequestros.
No último ano do curso, as alunas fazem residência com famílias, e a maioria acaba ganhando a oportunidade de ser efetivada no mesmo local.
Para se formar na Norland College é preciso desembolsar cerca de £18 mil (aproximadamente R$ 130 mil) por ano.
Geralmente, as babás formadas na Norland College atendem a famílias ricas, celebridades e até a realeza.
Os príncipes William e Kate Middleton, por exemplo, já contrataram uma babá formada na Norland para tomar conta dos seus três filhos.
Segundo a imprensa do Reino Unido, figuras como o ex-primeiro-ministro Boris Johnson, Mick Jagger, Gwyneth Paltrow e os Beckhams tiveram babás formadas em Norland quando crianças.
De acordo com o Financial Times, os salários podem ultrapassar £50 mil por ano (R$ 365 mil), com direito a benefícios como viagens, carros e moradia.
As profissionais de Norland trabalham sob rígidas regras de conduta, incluindo uso de uniforme tradicional e postura discreta.
Elas também são proibidas de expressar comportamentos que comprometam a imagem da escola e devem manter sigilo absoluto sobre os empregadores.
Algumas babás chegam a ter que assinar um acordo de confidencialidade com o contratante.
Durante o curso, até mesmo as redes sociais das futuras babás são monitoradas a ponto de perderem o título se violarem o código de conduta.
As mesmas regras se aplicam se as alunas forem vistas ingerindo bebida alcoólica ou frequentando redes de fast food enquanto usam o uniforme.
Uma curiosidade é que a primeira turma masculina se formou em 2018; antes, só eram permitidas alunas mulheres.
Apesar do prestígio e dos benefícios, a rotina exige longas — e exaustivas — jornadas.
Em 2022, uma ex-aluna da Norland revelou que chegava a trabalhar até 12 horas por dia: “Você se torna parte da família, mas também está sempre disponível. É um trabalho com enorme responsabilidade."