O consumo regular de frutas é essencial para ter uma vida mais saudável. Doce e saboroso, o caqui é uma dessas iguarias, que traz inúmeros benefícios e impactos para o bem-estar dos indivíduos.
O caqui (Diospyros kaki) é um fruto originário da China e do Japão. Ele é encontrado em regiões de clima temperado e subtropical, frutificando de fevereiro a abril e mais tardiamente até junho.
Ele chegou ao Brasil durante a imigração japonesa e é muito cultivado na região sul e no estado de São Paulo, em Itatiba, Piedade e Mogi das Cruzes, que se tornou a terra do caqui.
Fruto do caquizeiro, ele apresenta diversas variedades. A vermelha, quando madura, é muito doce e mole e precisa de muito cuidado no transporte para não se amassar. Ela é muito consumida em Portugal.
A variedade conhecida como caqui-sileide ou caqui-café é de cor alaranjada e no interior tem riscas cor de chocolate. É mais dura e resistente e não tão doce como a vermelha.
A fruta é rica em vitaminas A, B1, B2 e E, bem como cálcio, ferro, fibras e antioxidantes, que favorecem o fortalecimento do sistema imunológico. Além de retardar o desenvolvimento de doenças crônicas, cardíacas, câncer e condições neurológicas.
O caqui é rico em vitamina C, carotenoides e taninos, antioxidantes que ajudam a combater vírus, bactérias e fungos e diminuindo, assim, o tempo de duração de gripes, resfriados e alergias.
Ele possui fibras que se dissolvem em água e formam um tipo de gel no estômago, aumentando o tempo de digestão dos alimentos. Isso ajuda a prolongar a saciedade ao longo do dia (contribui na perda de peso).
Por possuir luteína e zeaxantina, o caqui pode reduzir o risco de algumas doenças oculares. Isso inclui a degeneração macular relacionada à idade, um problema de saúde que afeta a retina e pode causar perda parcial ou total da visão.
O caqui também tem ótimas quantidades de fibras que diminuem a velocidade de absorção do açúcar dos alimentos. Afinal, isso equilibra os níveis de glicose no sangue e evita, assim, a resistência à insulina e a diabetes.
Desse modo, esse fruto equilibra a saúde da flora intestinal, prevenindo o surgimento de situações como diarreia e câncer no intestino.
Quem também pode consumir e desfrutar dos benefícios dos caquis são as gestantes. A fruta apresenta vitamina A, essencial para o crescimento e desenvolvimento do feto e é excelente para o trânsito intestinal irregular e evita a prisão de ventre.
Apesar da fruta ser consumida geralmente in natura, o caqui pode ser adicionado em sucos, geleias, sorvetes, bolos, entre outras preparações.
O teor de açúcar o torna uma fruta energética. Além disso, o potássio do caqui ajuda a repor esse mineral que foi perdido no suor de quem pratica atividade física.
A vitamina C presente no caqui melhora a absorção do ferro presente nos alimentos, ajudando a tratar a anemia, já que é fundamental para a formação da hemoglobina.
Esse fruto possui ação antioxidante e anti-inflamatória, mantendo a saúde das artérias, melhorando a circulação de sangue e ajudando a evitar a pressão alta.
Ele também ajuda a diminuir os níveis de colesterol “ruim”, o LDL, e triglicerídeos no sangue, evitando, por isso, o risco de doenças, como infarto, AVC e aterosclerose.
Os antioxidantes do caqui, como a vitamina C, também ajudam a reduzir o estresse. Isso porque esse nutriente desempenha um papel importante na redução dos níveis de cortisol, o hormônio relacionado ao estresse.
O caqui não traz riscos à saúde. Por outro lado, deve ser consumido com moderação por quem tem diabetes, pois há grande concentração de glicose e frutose.
Os principais tipos de caqui cultivados no Brasil são o Fuyu, o Rama Forte, o Giombo (também conhecido como Caqui Chocolate) e o Taubaté. Estes caquis diferem na consistência da polpa, na cor da casca e no sabor.
O Fuyu apresenta consistência firme, cor alaranjada e sabor doce, pode ser consumido mesmo antes de amadurecer completamente, pois possui baixo teor de tanino.
O tipo "Rama Forte" tem de polpa mole, cor vermelha e sabor doce, possui um teor maior de tanino, que pode causar a sensação de "amarra na boca" quando não está completamente maduro.
O Giombo (também conhecido como Caqui Chocolate) possui polpa firme e crocante, cor alaranjada, com uma coloração escura na polpa, que lembra chocolate.
O caqui "Taubaté", por sua vez, apresenta uma polpa gelatinosa, cor vermelha e sabor adocicado, semelhante ao caqui Rama Forte.
Embora seja menos consumido que seu parente próximo (pertencentes à família das Solanáceas), o tomate, ele se destaca pela textura macia e adocicada, ideal para ser consumido in natura ou em saladas e smoothies.