O ator Victor Medeiros foi escolhido para interpretar Roberto Carlos na cinebiografia do cantor dirigida por Maurício Farias. Após testes elogiados, ele assume o papel principal no longa que começa a ser filmado no próximo ano. Victor já participou de “Malhação: toda forma de amar” e brilhou no musical “Um grande encontro”.

O filme começa com o acidente de 1947 que levou à amputação da perna direita do cantor, ainda na infância. A narrativa segue até os anos 1970, culminando no icônico show no antigo Canecão, casa de shows no Rio de Janeiro, com orquestra e direção de Miele e Ronaldo Bôscoli. O roteiro é assinado por Patrícia Andrade.

Além do filme, Roberto Carlos terá seu tradicional especial de fim de ano na TV Globo, gravado em 12 de dezembro em Gramado (RS). A direção geral será de Angélica Campos, e a exibição está marcada para o dia 23 de dezembro. A atração promete emocionar o público com clássicos e surpresas.

Roberto Carlos fez 84 anos no dia 19/04/2025. O niver ocorreu menos de um mês depois de o Rei bombar na web com cara de poucos amigos.

Roberto viralizou num vídeo que mostrava o cantor a caminho de um show em seu cruzeiro temático "Além do Horizonte". A imagem chamou a atenção nas redes sociais pelo aparente desânimo do cantor, que caminhava vagarosamente de cara fechada.

Em dezembro de 2024, Roberto Carlos ameaçou abandonar um show em Recife após irritar-se e dar uma bronca em pessoas que estavam próximas ao palco.

Foi a segunda vez nos últimos anos que o artista perdeu a paciência durante shows e externou seu incômodo. A primeira ocorreu em 2022, no Rio de Janeiro. Roberto mandou um fã calar a boca em meio à execução da música “Como é Grande o Meu Amor Por Você”.

Sobre o episódio em Recife, o cantor também deu detalhes: "Um grupo de seguranças, gente que trabalhava ali... conversando, conversando e conversando. Eu já tinha dado uma dica para eles saírem dali, mas continuaram conversando e ficaram me atrapalhando".

Roberto Carlos passou a fazer sucessos nos anos 60, durante a chamada era dos festivais, com o surgimento da Jovem Guarda. O movimento carregou o nome de um programa apresentado pelo trio Roberto Carlos, Erasmo Carlos e Wanderléa aos domingos na TV Record.

Curiosamente, antes de enveredar para o rock e a música romântica, Roberto Carlos começou a carreira influenciado pela bossa nova. O artista se apresentava na Boate Plaza, no Rio, imitando João Gilberto, que pouco antes havia lançado a icônica gravação de “Chega de Saudade” (Tom Jobim e Vinícius de Moraes), considerada pelos especialistas um divisor de águas na história da música brasileira.

Ainda nos anos 50, antes da Jovem Guarda, Roberto Carlos fez parte de uma banda chamada The Sputniks, que tinha entre os componentes Tim Maia (foto), outro nome que ganharia muito destaque na música brasileira.

Roberto Carlos é chamado de Rei desde os anos 60. Embora haja distintas versões para a origem do apelido, o fato é que em 1966, em programa na extinta TV Excelsior, o apresentador Chacrinha deu ao cantor uma coroa e o chamou de “Rei da Juventude”. A partir dali, a referência se eternizou.

Em 1968, Roberto Carlos ganhou notoriedade internacional ao vencer o prestigioso Festival de San Remo, na Itália, interpretando a música “Canzone per te”, de Sergio Endrigo e Sergio Bardotti. Foi a primeira vez que um cantor não italiano ficou com o primeiro lugar do evento.

De acordo com a Associação Brasileira de Produtores de Discos, Roberto Carlos é o cantor recordista na vendagem de discos no país. Do fim dos anos 50 até os dias atuais, em mais de sete décadas de carreira, ele já passou da marca de 140 milhões de cópias vendidas.

No cinema, Roberto Carlos também conheceu momentos de estrelato. Uma trilogia dirigida por Roberto Farias fez muito sucesso tendo o Rei como protagonista: “Roberto Carlos em Ritmo de Aventura” (1968), “Roberto Carlos e o Diamante Cor de Rosa” (1970) e “Roberto Carlos a 300km por Hora” (1971).

O cantor teve três casamentos. Do primeiro, com Nice Rossi, nasceram os filhos Roberto Carlos (conhecido como Dudu Braga) e Luciana. Ele também manteve relacionamento por 11 anos com a atriz Myriam Rios e, mais tarde, com Maria Rita, união que durou até a morte da pedagoga, aos 38 anos, em 1999, em decorrência de um câncer.

Em 1996, no seu especial de fim de ano da TV Globo, o Rei revelou ao público que tinha mais um filho, Rafael Braga, fruto de curto relacionamento com a modelo Maria Lucila Torres nos anos 60. O Rei só soube da paternidade quando o filho já tinha 26 anos e, após teste de DNA, tornou o fato público. Na apresentação, cantaram juntos “As Curvas da Estrada de Santos”, um dos sucessos do artista.

Dudu Braga, um dos filhos de Roberto Carlos, morreu vítima de câncer no peritônio em 2021, aos 58 anos. De acordo com a assessoria de imprensa do cantor, na ocasião ele atendeu um pedido do filho para que fosse sepultado com a camisa do Corinthians, seu clube do coração.

Roberto Carlos homenageou a mãe, a costureira Laura Moreira Braga, morta em 2020, em uma canção que tornou-se muito famosa: “Lady Laura”. O pai, Robertino Braga, também ganhou uma canção do Rei: “Meu Querido, Meu Velho, Meu Amigo”, uma das inúmeras parcerias com Erasmo Carlos.

Religioso, Roberto Carlos é católico fervoroso e tem canções famosas em que expressa sua fé, entre elas “Jesus Cristo” e “Nossa Senhora”.

Roberto Carlos tem mais de 500 músicas registradas. Em seu site oficial, ele revela que suas preferidas são “Detalhes” e “Eu te amo tanto”.

Portador de Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC), Roberto Carlos já falou abertamente algumas vezes sobre o fato. Ele não usa roupas com marrom e roxo e já ficou irritado ou até mesmo deixou de participar de eventos pela presença de pessoas que trajavam essas cores. Os tons azul e branco são predominantes em seus shows.

Em entrevista ao Fantástico, da Rede Globo, em 2004, Roberto Carlos contou que o TOC o fez mudar a letra de “É Preciso Saber Viver”, suprimindo a palavra “mal”. “Digo se o bem e o bem existem”, afirmou à época.

Em 1974, foi ao ar o primeiro especial de Roberto Carlos na TV Globo, que tornou-se um clássico televisivo nas casas brasileiras em época de Natal. Desde então, apenas em 1999 o espetáculo não foi ao ar em decorrência da morte de Maria Rita, a mulher do artista.

Uma das marcas registradas de Roberto Carlos é distribuir rosas para a plateia de seus shows. O ritual surgiu em 1978, quando o cantor identificou uma conhecida em meio ao público, retirou um cravo de sua lapela e atirou para ela.

A maquiadora Neide de Paula sugeriu que o artista passasse a ofertar flores nas apresentações, mas que optasse por rosas por serem mais firmes que cravos.