Espécies invasoras são animais ou plantas levados para locais onde não existiam naturalmente e que se tornam um grande problema para o meio ambiente. Isso ocorre porque, nesses novos habitats, muitas vezes não há predadores naturais ou barreiras que controlem seu crescimento.

Assim, elas se espalham rapidamente, competem com espécies locais e causam prejuízos ao meio ambiente, à agricultura e à saúde humana. Conheça, a seguir, alguns exemplos de espécies invasoras em diferentes partes do mundo.

Coelho-europeu — Originário da Europa, foi levado à Austrália no século XIX para caça e criação. Lá encontrou um ambiente ideal, sem predadores, e sua população cresceu depressa, destruiu pastagens e afetou a fauna nativa.

Sapo-cururu — Nativo da América Central e do Sul, foi introduzido na Austrália para controlar pragas agrícolas. Espalhou-se de forma descontrolada, envenena animais predadores locais e compete com anfíbios nativos.

Caramujo-gigante-africano — Natural da África, foi levado à Ásia e à América do Sul como animal ornamental e fonte de alimento. Nessas regiões, se tornou uma praga agrícola e um transmissor de parasitas que afetam os humanos.

Estorninho-europeu — Nativo da Europa e da Ásia, foi introduzido nos Estados Unidos no século XIX. Espalhou-se com rapidez, compete com aves locais e causa prejuízos a plantações e estruturas urbanas.

Peixe-leão — Originário do Indo-Pacífico, chegou ao Caribe e ao Atlântico ocidental por meio de aquários domésticos. Sem predadores naturais, ameaça recifes de corais e reduz populações de peixes nativos.

Formiga-argentina — Nativa da América do Sul, espalhou-se pela América do Norte, Europa, Ásia e Oceania com o comércio internacional. Forma supercolônias, elimina espécies locais e causa danos agrícolas.

Tilápia — Originária da África, foi introduzida na América, Ásia e Oceania para a piscicultura. Após escapar para o ambiente natural, compete com peixes nativos e altera ecossistemas aquáticos.

Javali-europeu — Natural da Europa e da Ásia, foi levado à América e à Oceania para caça e criação. Nessas regiões, destrói lavouras, causa erosão do solo e transmite doenças a outros animais.

Coral-sol — Nativo do Indo-Pacífico, foi levado acidentalmente ao Atlântico Sul, inclusive ao litoral do Brasil. Cresce sobre corais nativos, impede sua regeneração e ameaça a biodiversidade marinha.

Rato-preto — Originário da Ásia, espalhou-se por todos os continentes por meio do transporte marítimo. Invade ecossistemas insulares, devora ovos de aves e transmite doenças que afetam humanos e animais.

Mexilhão-zebra — Nativo da Europa, foi introduzido na América do Norte em navios cargueiros. Entope tubulações, causa prejuízos econômicos e desequilibra ambientes de água doce.

Cabra-doméstica — Originária da Ásia, foi levada para ilhas oceânicas, como as Galápagos. Nessas regiões, destrói a vegetação nativa e ameaça espécies endêmicas ao provocar erosão e perda de habitat.

Gato-doméstico — Nativo da Ásia, foi levado por humanos a várias ilhas do Pacífico e do Índico. Tornou-se predador de aves e répteis nativos e causou extinções em ecossistemas isolados.

Mosquito Aedes aegypti — Originário da África, se espalhou pela América, Ásia e Oceania por meio do transporte marítimo. Adaptado a áreas urbanas, atua como vetor de doenças como dengue e zika.

Jacinto-de-água — Planta amazônica originária da América do Sul, foi introduzida em lagos e rios da África, Ásia e América do Norte. Forma tapetes flutuantes que bloqueiam a luz e reduzem o oxigênio da água.

Gambá-comum — Nativo da América do Sul, foi introduzido acidentalmente no Caribe e em partes da América Central. Nessas regiões, compete com espécies locais e transmite doenças.

Pardal-comum — Originário da Europa e da Ásia, foi introduzido na América do Norte, África do Sul e Austrália. Adaptou-se a áreas urbanas e compete com aves nativas por alimento e abrigo.

Peixe-gato-africano — Natural da África, foi levado à América do Sul e ao Sudeste Asiático para piscicultura. Escapou para rios locais, devora ovos e filhotes de peixes nativos e prejudica a fauna e a pesca regional.