Três amigos indianos surpreenderam cientistas e desenvolveram uma minigeladeira movida a sal que não precisa de eletricidade nem baterias.

Chamada Thermavault, a invenção foi pensada com o objetivo de ajudar milhares de pessoas, especialmente em regiões carentes da Índia.

A minigeladeira ajuda a manter vacinas e medicamentos refrigerados, além de órgãos para transplante durante o transporte e uso em hospitais.

Inspirados pela atuação dos pais na área da saúde, inicialmente os jovens buscaram soluções de baixo custo para conservar vacinas contra a Covid-19 em temperatura adequada.

A invenção utiliza um processo de resfriamento com sal e água, mantendo uma temperatura entre 2°C e 6°C (35°F a 43°F), ideal para muitas vacinas.

Os estudantes testaram 150 sais antes de chegar a uma fórmula eficiente que necessita de apenas 20.

A inovação rendeu ao trio o Prêmio Campeões da Terra 2025 da ONU, com um valor de US$ 12.500 (cerca de R$ 70.000), destinado à construção de 200 unidades para testes em 120 hospitais.

Pritesh Vyas, cirurgião ortopédico que testou o Thermavault no hospital V One em Indore, confirmou a eficácia do dispositivo, que manteve vacinas refrigeradas de 10 a 12 horas.

A expectativa é que a geladeira a sal facilite o transporte seguro de suprimentos médicos em locais com infraestrutura limitada, como em áreas remotas.

A invenção da geladeira revolucionou a forma como a humanidade conserva e armazena alimentos, trazendo impactos profundos na saúde, na economia e no cotidiano das pessoas.

Antes de existir geladeira, os seres humanos dependiam de métodos rudimentares para manter os alimentos frescos, como o uso de sal, fumaça, vinagre ou gelo natural armazenado em porões.

O desenvolvimento da refrigeração artificial começou no século 18, mas foi no século 19 que surgiram os primeiros sistemas práticos.

O norte-americano Jacob Perkins foi quem criou o primeiro sistema de refrigeração por compressão de vapor, patenteado em 1834.

No entanto, foi apenas no início do século 20 que a geladeira doméstica começou a ganhar espaço nas residências.

A General Electric (GE) foi uma das primeiras a ingressar nesse ramo e lançou seu modelo doméstico em 1927.

A refrigeração tornou possível o transporte e o comércio de alimentos frescos entre diferentes regiões e países, o que influenciou diretamente o desenvolvimento da indústria alimentícia global.

Nas décadas seguintes, as geladeiras ganharam designs mais compactos e eficientes. A partir dos anos 1950 e 1960, surgiram recursos como freezers embutidos, degelo automático e prateleiras ajustáveis, aumentando a praticidade.

Nos anos 2000 e 2010, o foco passou a ser a eficiência energética, com o surgimento de modelos inverter, que ajustam o funcionamento do compressor de forma inteligente, economizando eletricidade e mantendo a temperatura mais estável.

A tecnologia trouxe ainda as geladeiras inteligentes, equipadas com telas touchscreen, conexão Wi-Fi, monitoramento de alimentos e até assistentes virtuais.

Hoje, seja simples ou supertecnológicas, as geladeiras se tornaram objeto de decoração e praticidade, presentes em quase todos os lares ao redor do mundo.