Muitas pessoas se surpreendem ao descobrir que algumas invenções usadas no dia a dia têm origem brasileira.
Mesmo sem o devido reconhecimento internacional em alguns casos, o Brasil já contribuiu com inovações que impactaram áreas como medicina, comunicação, transporte e tecnologia.
Confira a seguir 7 invenções que são brasileiras, mas pouca gente sabia!
Filtro de barro: Figurinha carimbada nas casas de muitas vovós e vovôs pelo Brasil, o filtro de barro é uma invenção brasileira baseada nas moringas indígenas.
Reconhecido como um dos sistemas de filtração mais eficientes do mundo, sua popularização se deu no século 20, graças ao imigrante italiano Victor Lamparelli, que iniciou sua produção em 1920, em Jaboticabal (SP), com o filtro São João.
Feito de barro e carvão, o equipamento ajudou a tornar a água mais segura para o consumo, especialmente em áreas urbanas.
Chuveiro elétrico: Criado em 1927 pelo brasileiro Francisco Canhos Navarro em Jaú (SP), o chuveiro elétrico revolucionou o modo de aquecer a água para o banho, substituindo a lenha e o gás.
O sistema funciona por meio de uma resistência metálica que aquece a água ao entrar em contato com ela.
Em 1950, a empresa Light — que hoje em dia fornece energia na cidade do RJ — iniciou a comercialização em larga escala, tornando o equipamento popular no Brasil e, posteriormente, no mundo.
Câmbio automático: Presente em grande parte dos carros atuais, o câmbio automático foi desenvolvido com sucesso pelos brasileiros José Braz Araripe e Fernando Lemos.
Apesar de tentativas anteriores, como as dos irmãos Sturtevant (1902) e Munro Horner, só na década de 1930 a dupla brasileira desenvolveu um modelo eficiente.
Araripe e Lemos patentearam o invento em 1932, e, posteriormente, a General Motors comprou o projeto, implementando-o na linha Oldsmobile em 1940.
Antídoto para venenos de cobra: O médico brasileiro Vital Brasil revolucionou o tratamento contra picadas de cobra ao descobrir que cada veneno exige um soro específico.
Após observar a alta mortalidade por picadas de cobras no interior de São Paulo, ele iniciou estudos com base na soroterapia do francês Léon Calmette e percebeu que os soros genéricos eram ineficazes contra venenos como os da cascavel e jararaca.
Assim, Vital desenvolveu o soro anticrotálico (para cascavel) e o antibotrópico (para jararaca), estabelecendo a base da soroterapia específica, salvando inúmeras vidas e transformando o tratamento antiofídico no mundo.
Bina: Está certo que essa é uma função que hoje em dia já não faz mais tanto sentido, mas o bina (ou identificador de chamadas) foi muito importante no auge da telefonia fixa.
O identificador foi criado pelo mineiro Nélio José Nicolai, que recebeu a patente do INPI em 1997. Apesar do sucesso, a autoria da invenção é disputada judicialmente por outros dois brasileiros: João da Cunha Doya e Carlam Bezerra Salles.
O aparelho permitiu, pela primeira vez, que as pessoas vissem quem havia ligado antes de atender. Nicolai faleceu em 2017 sem resolver totalmente a disputa, mas sua invenção já havia se popularizado.
Escorredor de arroz: Na década de 1950, a cirurgiã-dentista Therezinha Beatriz Alves de Andrade Zorowich inventou um utensílio prático que eliminava a necessidade de usar dois potes (um para lavar e outro para escorrer).
Cozinheira nas horas vagas, ela criou o item com a ajuda do marido. Após patentear a invenção, o escorredor começou a ser fabricado em larga escala e rapidamente se popularizou nas cozinhas brasileiras.
Urna eletrônica: Usada no Brasil desde 1996, a urna eletrônica é uma invenção nacional desenvolvida sob a liderança de Carlos Prudêncio.
A ideia de mecanizar a coleta de votos já estava prevista no Código Eleitoral de 1932, mas só foi concretizada na década de 1990 com a ajuda de pesquisadores do Inpe e do Centro Técnico Aeroespacial (CTA).
Atualmente, cerca de 46 países adotam sistemas similares, segundo o Instituto Internacional IDEA, consolidando a urna eletrônica como uma inovação brasileira reconhecida mundialmente.