É certo que muita gente leva a questão de guardar dinheiro a sério, mas um cofre de Nova York ampliou essa ideia para outro patamar.
Isso porque, localizado no Banco da Reserva Federal de Nova York, a 25 metros abaixo do solo, fica o maior cofre de ouro do mundo!
Estima-se que o cofre abrigue cerca de 507 mil barras de ouro, totalizando 6.331 toneladas métricas.
O Banco da Reserva Federal de Nova York é conhecido por oferecer serviços de custódia de reservas financeiras para bancos centrais, governos e organizações internacionais.
Pessoas físicas e empresas privadas não podem armazenar ouro no local, uma medida que visa assegurar a neutralidade e segurança da instituição.
Historicamente, grande parte desse ouro foi depositado durante e após a Segunda Guerra Mundial, quando várias nações buscaram um local seguro para suas reservas.
O acúmulo atingiu o ápice em 1973, com 12 mil toneladas, logo após os EUA suspenderem a conversão de dólares em ouro para governos estrangeiros.
Desde então, os depósitos diminuíram, e o cofre vem registrando uma redução gradual em seus estoques.
O processo de armazenamento é extremamente controlado: as barras são transportadas por elevador até o subsolo e só podem ser manuseadas na presença de três funcionários.
Essa exigência se aplica mesmo a atividades corriqueiras, como a manutenção do local.
Cada barra é pesada, inspecionada (para confirmar pureza e origem) e alocada em um dos 122 compartimentos individuais, destinados exclusivamente a cada titular.
As informações são registradas com precisão, pois o ouro não é misturado — cada barra deve ser devolvida ao seu dono original.
Após a verificação, o ouro é armazenado em um dos 122 compartimentos exclusivos, cada um reservado a um único titular.
O ouro sempre foi um ativo seguro em crises, mas, desde 2010, muitos bancos centrais passaram a vender suas reservas em vez de acumulá-las, impactando o mercado global.
Em 2018, as vendas atingiram 366 toneladas (alta de 36%), refletindo uma estratégia para diversificar reservas e enfrentar desafios econômicos.
Os EUA lideram as reservas mundiais, com 8 mil toneladas, herança do acordo de Bretton Woods, que concentrou 75% das reservas globais no país.
Alemanha e Itália vêm em seguida, com mais de 3 mil e 2 mil toneladas de ouro, respectivamente.
Em contraste, a Rússia se destaca como grande compradora, adquirindo 224 toneladas em uma estratégia oposta à tendência global.