Mais um acidente ocorreu no Monte Rinjani, na Indonésia, onde a brasileira Juliana Marins morreu após uma queda no penhasco. Desta vez, um turista malaio ficou ferido após cair cerca de 200 metros A informação foi confirmada pela administração do parque em Lombok.
O malaio sofreu a queda em 27/6. Mas conseguiu ser salvo. Ele sofreu fratura no quadril e ferimentos na cabeça depois de deslizar por 200 metros. A queda foi perto de uma ponte próxima ao lago Sengara Anak.
A autópsia da brasileira Juliana Marins, que morreu após cair de uma trilha no Monte Rinjani, na Indonésia, apontou que ela morreu por causa das lesões graves pelo corpo e hemorragia interna muito intensa, devido à queda.
Os exames do corpo da publicitária mostraram que ela sofreu um traumatismo por força contundente , que resultou em danos aos órgãos internos. E ela morreu em cerca de 20 minutos após sofrer essas lesões, mas não se sabe ainda exatamente em que dia.
Diante disso, a morte foi pelo trauma causado pelos ferimentos. Foi descartada a possibilidade de hipotermia, ou seja, a morte por causa do frio no local. A autópsia revelou múltiplas fraturas pelo corpo e também lesões na cabeça.
O resgate demorou, segundo o governo da Indonésia, por causa das más condições do local: clima severo e baixa visibilidade. Três equipes participaram das buscas, incluindo duas que são do chamado "esquadrão Rinjani".
O corpo foi transportado ao posto de Sembalun e, depois, levado de avião ao hospital Bayangkara. A necrópsia foi feita em Bali.
Juliana caiu no penhasco do vulcão enquanto participava de uma trilha no Monte Rinjani, um dos destinos mais famosos da Indonésia. Primeiro, ela teve uma queda de 300 metros e ficou num espaço pequeno do paredão.
No sábado (21/06), ela foi vista com vida pela última vez em imagens de drone, nesse espaço do penhasco, onde ainda estava se movimentando. Depois, ela deslizou mais 300 metros, ficando imóvel 600 metros abaixo do ponto da queda.
Na terça-feira (24/06), a família confirmou por meio de um post nas redes sociais, que ela tinha sido encontrada já sem vida. Juliana tinha 26 anos.
O pai de Juliana, Manoel Marins, viajou para a Ásia, para acompanhar o processo. Em 26/6, ele postou vídeo nas redes sociais sobre a dor da famíia, que "aumenta a cada dia". E que tem chorado muito.
Nos últimos cinco anos, o Parque Nacional do Monte Rinjani, na Indonésia, registrou oito mortes e 180 feridos em acidentes, segundo dados do governo local.
O número de acidentes na região tem aumentado, com 60 casos registrados em 2024, quase o dobro de 2023.
A maioria dos acidentes, segundo o governo indonésio, ocorre por falhas dos próprios turistas, como uso inadequado de equipamentos, despreparo físico e desrespeito às trilhas oficiais.
Apesar dos riscos, o Monte Rinjani continua atraindo turistas por sua beleza e desafio, com trilhas complexas e clima instável.
Juliana participava de uma trilha de três dias pelas encostas do Monte Rinjani, considerada uma das mais difíceis da Indonésia, com altitudes superiores a 3.700 metros.
Fotos divulgadas em uma conta no Instagram dedicada ao caso mostram Juliana caminhando e posando para fotos pela trilha, momentos antes do acidente.
O Monte Rinjani é o segundo vulcão mais alto da Indonésia, localizado na ilha de Lombok, localizado a leste da capital Bali.
Em altura, ele é superado apenas pelo Monte Kerinci, em Sumatra, que tem 3.805 metros.
A região ao redor do monte faz parte do Parque Nacional de Gunung Rinjani, uma área protegida de grande importância ecológica e cultural da Indonésia.
A impressionante caldeira do vulcão, que abriga o lago Segara Anak, foi formada após uma erupção há cerca de 700 anos.
No interior do lago, o cone vulcânico chamado "Gunung Barujari" continua ativo até os dias de hoje.
A região também é conhecida por suas trilhas desafiadoras, paisagens exuberantes e vistas panorâmicas que revelam tanto o oceano quanto os vales florestais da ilha.
Para os habitantes locais, o Monte Rinjani tem um profundo significado espiritual.
Muitos realizam peregrinações ao lago para fazer oferendas e rituais, acreditando que as águas possuam poderes de cura.
Além disso, o vulcão desempenha um papel importante na agricultura da região, pois suas encostas férteis sustentam plantações de arroz, café e outros cultivos.