
Meg Ryan faz aniversário no dia 19 de novembro celebrando também a participação, depois de décadas, no Festival de Tribeca em Lisboa. No evento, destacou a importância das comédias românticas, gênero que marcou a sua carreira e que, segundo ela, permanece no imaginário coletivo por oferecer conforto e criar vínculos emocionais genuínos com as pessoas.
A atriz afirmou que, embora tenha uma filmografia extensa, o público costuma recordar, sobretudo, das comédias românticas que protagonizou. Para ela, muitas pessoas recorrem a esses filmes em momentos difíceis, o que reforça a ideia de que o cinema funciona como uma “máquina de empatia”.
Meg explicou que essa relação afetiva com o público é o motivo pelo qual o gênero continua a perdurar ao longo do tempo e não é marginalizado, mesmo quando algumas produções não são bem-recebidas pela crítica.
Meg, que ficou afastada de Hollywood por quase dez anos por falta de inspiração, refletiu sobre o processo de reinvenção pelo qual precisou passar. A transição da atuação para a direção reacendeu o seu entusiasmo pela arte e abriu novas perspectivas profissionais.
Ela comentou que gostaria de ter assumido funções de direção mais cedo, pois acredita que isso teria ampliado seu olhar como intérprete. Ainda assim, reforçou que a mudança é parte natural da vida e que nunca é tarde para explorar novos caminhos.
Meg também destacou o crescimento do número de mulheres em posições de liderança e o aumento de narrativas centradas em experiências femininas, movimento que considera fundamental para diversificar as perspectivas dentro da indústria cinematográfica.
Com mais de quatro décadas de carreira, Margaret Mary Emily Anne Hyra, nascida em 1961 no estado de Connecticut, nos Estados Unidos, estreou no cinema em 1981 no filme “Ricas e Famosas”, no qual interpretou Debby.
Nos anos 1980, participou por dois anos do seriado “As the World Turns” e integrou o elenco de filmes como “Top Gun – Ases Indomáveis”, como Carole, esposa do tenente Goose, e “Terra Prometida”, no papel de Bev, antes de conquistar personagens de maior destaque.
Seu grande salto veio em 1989 com “Harry e Sally: Feitos um para o Outro”, dirigido por Rob Reiner. Nesse clássico, Meg interpreta Sally ao lado de Billy Crystal, em uma história que discute a possibilidade de amizade entre homens e mulheres. Por sua atuação, foi indicada ao Globo de Ouro na categoria de melhor atriz em filme de comédia ou musical.
Em 1990, estrelou “Joe contra o Vulcão”, ao lado de Tom Hanks, uma comédia romântica na qual Joe descobre que tem poucos meses de vida e parte para uma aventura. Meg interpreta três personagens: DeDe, no início da trama, e as irmãs Angelica e Patricia, encontradas durante a jornada.
Três anos depois, voltou a contracenar com Tom Hanks em “Sintonia de Amor”. A história acompanha um garoto que liga para um programa de rádio em busca de uma nova companheira para o pai, que sofre com a perda da esposa. Annie Reed, vivida por Meg, é uma jornalista que se envolve emocionalmente com o relato. Pelo papel, recebeu sua segunda indicação ao Globo de Ouro na mesma categoria.
Em 1998, Meg protagonizou dois filmes marcantes: “Cidade dos Anjos” e “Mensagem para Você”. No primeiro, interpreta uma médica que se apaixona por um anjo vivido por Nicolas Cage, em um romance marcado pela trilha “Iris”, da banda Goo Goo Dolls.
No segundo, reencontra Tom Hanks em uma história sobre dois rivais nos negócios que se apaixonam por e-mail. O filme rendeu a ela a terceira indicação ao Globo de Ouro na categoria de melhor atriz em filme de comédia ou musical.
Nos anos 2000, atuou em produções como “Linhas Cruzadas”, “Kate e Leopold”, “Eu e as Mulheres” e “Armadilhas do Amor”.
A partir de 2010, participou de poucas produções. Seu último trabalho antes da pausa ocorreu em 2015 com “Ithaca”, filme no qual atuou e dirigiu.
Só retomou a carreira em 2023, quando produziu, roteirizou, dirigiu e protagonizou “O Que Acontece Depois”, ao lado de David Duchovny, longa que narra o reencontro de um ex-casal preso em um aeroporto durante uma tempestade de neve.
Meg Ryan foi casada com o ator Dennis Quaid de 1991 a 2001, e juntos tiveram o filho Jack Henry Quaid, nascido em 1992, que também seguiu carreira de ator. Ela adotou a filha Daisy em 2006.