
O ator Murilo Benício está de volta ao horário nobre da TV Globo em “Três Graças”, onde interpreta o empresário Santiago Ferette. Esse personagem se apresenta como líder da “Fundação Ferette”, atividade aparentemente filantrópica, mas que esconde um esquema de remédios falsificados cuja distribuição atinge regiões carentes.
A novela “Três Graças” aborda a vida de três gerações de mulheres da mesma família, que enfrentam gravidez precoce e abandono paterno.
Mesmo após o fim da novela, o ator poderá retornar ao horário nobre da TV Globo em 2027. Isso porque ele poderia reprisar o papel de Tufão em uma possível sequência de “Avenida Brasil”, exibida em 2012.
Segundo informações da colunista Carla Bittencourt, a emissora teria convidado João Emanuel Carneiro para desenvolver a continuação da trama que marcou época. O autor teria concordado em seguir com a história, e os primeiros esboços já estariam em andamento. A Globo não confirmou a produção. Mas a atriz Eliane Giardini disse que a informação procede.
“Avenida Brasil” acompanha Rita, que busca se vingar da madrasta Carminha, que a abandona em um lixão após a morte de seu pai. Paralelamente, Carminha reconstrói sua vida ao lado de Tufão, personagem de Murilo Benício.
Entretanto, a carreira de Murilo Benício não se limita ao sucesso de “Avenida Brasil”. Ele construiu uma trajetória consistente na televisão, no cinema e também na direção. Saiba mais, a seguir, sobre a carreira de um dos mais conhecidos atores do Brasil.
Murilo Benício Ribeiro, que nasceu no dia 13 de julho de 1971 em Niterói, Rio de Janeiro, começou a carreira na década de 1990, com participações em novelas como “Fera Ferida”, “Por Amor” e “Meu Bem Querer”.
O reconhecimento nacional veio em 2001 com “O Clone”, novela em que interpretou os gêmeos Lucas e Diogo na primeira fase e, na segunda, Lucas mais velho e o clone Léo. Um dos maiores sucessos dos anos 2000, a novela abordou temas científicos e familiares. Sua parceria com Giovanna Antonelli agradou ao público e, inclusive, se estendeu para a vida pessoal, já que os dois se casaram.
Logo depois, Murilo assumiu o papel do protagonista Danilo em “Chocolate com Pimenta”. O personagem era um rapaz vaidoso e popular na cidade de Ventura, que se apaixona por Ana Francisca, interpretada por Mariana Ximenes.
Em 2004, ele interpretou Tião em “América”, protagonizada ao lado de Deborah Secco. A novela acompanha a história de Sol e Tião, que se apaixonam, mas seguem caminhos distintos: Sol busca uma vida nos Estados Unidos por meio de imigração irregular, enquanto Tião tenta realizar o sonho de se tornar campeão de rodeios.
Em 2008, Murilo deu vida ao ambicioso Dodi em “A Favorita”. A atuação lhe rendeu dois prêmios importantes: o Melhores do Ano e o Troféu Imprensa, reconhecimento compartilhado com Cauã Reymond pela mesma produção.
No ano de 2010, interpretou o estilista Victor Valentim, identidade adotada por Ariclenes Martins, em “Ti Ti Ti”. O personagem protagoniza uma disputa criativa e pessoal com Jacques Leclair, vivido por Alexandre Borges.
Após alguns anos dedicado a outros projetos, Murilo retornou às novelas em 2019 como Raul em “Amor de Mãe”. O personagem mantém relação afetiva com Vitória, interpretada por Taís Araújo, e é pai de Sandro, vivido por Humberto Carrão.
Em 2022, assumiu o papel de Tenório Pereira no remake de “Pantanal”. O personagem apresenta conflitos familiares e um passado ligado a disputas de terra, o que o coloca em oposição a outros núcleos da trama.
No cinema, protagonizou filmes como “Até que a Vida nos Separe”, “Divórcio” e “O Homem do Ano”, entre outros. Além da atuação, Murilo dirigiu e roteirizou produções como “O Beijo no Asfalto” e “Pérola”.
Na vida pessoal, Murilo Benício é pai de dois filhos. Antônio nasceu em 1996, fruto do relacionamento com a atriz Alessandra Negrini, e Pietro nasceu em 2005, filho dele com Giovanna Antonelli.
Além dessas relações, Murilo também teve outros relacionamentos conhecidos com atrizes brasileiras, entre elas Débora Falabella, Carolina Ferraz e Guilhermina Guinle.
Curiosidade: Murilo enfrentou gagueira (disfemia) na infância, condição que, mais tarde, utilizou como recurso de composição em alguns personagens.