Zeca Pagodinho se emocionou ao ouvir João Gomes homenagear Kara Veia durante um encontro descontraído em um bar entre o Mestre do Samba e o Rei do Piseiro, em 24 de outubro de 2025, no Rio de Janeiro.

O momento foi registrado e compartilhado por João Gomes nas redes sociais, com a legenda “por aqui, sextou”.

O encontro antecedeu a gravação do novo DVD de João Gomes, realizado em 26 de outubro de 2025, nos Arcos da Lapa, no Rio de Janeiro.

O evento gratuito reuniu uma multidão e contou com a participação especial de Zeca Pagodinho, que levou seu carisma para o palco.

Ícone do samba, com uma carreira sólida e marcada por sucessos que atravessam gerações, o cantor é sinônimo de alegria e um retrato fiel do espírito carioca.

Isso porque Zeca Pagodinho, nome artístico de Jessé Gomes da Silva Filho, nasceu em 4 de fevereiro de 1959, no bairro de Irajá, na zona norte do Rio de Janeiro.

O cantor é considerado um dos mais expressivos cantores brasileiros e atua principalmente nos gêneros samba e pagode.

Ainda jovem, Zeca trabalhou em várias ocupações fora da música, como feirante, camelô e office-boy, mas sempre frequentou rodas de samba nos bairros de Irajá e Del Castilho.

Sua carreira musical ganhou impulso quando o bloco carnavalesco Cacique de Ramos se tornou ambiente de criação para ele nos anos 1970.

Foi lá que conheceu Beth Carvalho, que se tornaria sua madrinha artística e o convidaria para gravar a canção “Camarão Que Dorme a Onda Leva” em 1983.

A partir desse momento, Zeca passou a ser reconhecido nacionalmente.

Entre seus álbuns mais importantes está “Zeca Pagodinho”.

Em 2015, lançou o álbum “Ser Humano”, indicado ao Grammy Latino como Melhor Álbum de Samba/Pagode.

Também se destacam "Patota de Cosme", “Deixa Clarear” e “Mais Feliz”.

Entre as músicas mais conhecidas de Zeca estão “Deixa a Vida Me Levar”, lançada em 2002, e “Verdade”, uma de suas composições mais cantadas em rodas de samba.

A canção “Deixa a Vida Me Levar”, composta por Serginho Meriti e Eri do Cais, foi um dos maiores sucessos de sua carreira e marcou presença em trilhas sonoras e programas de televisão.

O refrão se tornou uma espécie de lema, que costuma associar uma filosofia de vida ao conteúdo da letra.

Outras faixas consagradas são “Vai Vadiar”, “Ogum”, “Maneiras”, “Coração em Desalinho”, “Isolado do Mundo”, “Samba Pras Moças”, “Quando a Gira Girou” e “Lenha”.

Zeca também é lembrado por sucessos mais antigos, como “Judia de Mim” e “Vai por Mim”, que consolidaram seu estilo nos anos 1980.

Além disso, interpreta sambas de compositores como Arlindo Cruz, Sombrinha, Monarco e Martinho da Vila.

Em 2023, a escola de samba Acadêmicos do Grande Rio o homenageou com o enredo “Zeca, o Samba e o Povo”, que celebrava sua trajetória e sua importância cultural para o país.

Em 2024, celebrou 40 anos de carreira com um grande show no estádio Nilton Santos, que reuniu nomes como Alcione, Martinho da Vila e Jorge Aragão.

O evento aconteceu no estádio do Botafogo, seu time de coração, o que tornou a ocasião ainda mais especial para ele.

Seu estilo descontraído, o humor característico e a linguagem popular ajudaram a popularizar o samba e o pagode entre gerações diferentes.

A imagem de Zeca Pagodinho com sua cerveja na mão se tornou um verdadeiro símbolo de sua personalidade pública e de seu estilo de vida.

Na vida pessoal, Zeca é casado com Mônica da Silva desde dezembro de 1986.

O casal tem quatro filhos, Eduardo, Elisa, Louis e Maria Eduarda, e sete netos.