Helena Ranaldi marcou o público que assistia as novelas da TV Globo, especialmente no início dos anos 2000 com personagens marcantes, mas está longe das novelas desde que encerrou seu contrato com a Globo em 2014.

A atriz foi uma das primeiras atrizes a ter o famoso contrato de exclusividade com a emissora encerrado: “Eles estavam iniciando a política de fazer contratos por obra. Acho que fui uma das primeiras a ser cortada”.

Desde então, Helena passou a se dedicar ao teatro e ao audivisual. Também se mudou do Rio de Janeiro para São Paulo.

Em 2025, ela está em cartaz com a peça "Três Mulheres Altas", de Edward Albee, dirigida por Fernando Philbert, ao lado de Ana Rosa e Fernanda Nobre. A obra, vencedora do Pulitzer, reflete sobre o tempo e inspira a atriz a revisitar sua própria trajetória.

Sobre os comentários acerca da sua carreira, ela disse: “Muita gente acha que eu não estou trabalhando e as pessoas não têm ideia de que a vida do ator não é só fazer televisão. Há atores maravilhosos, inclusive de teatro, que nunca fizeram TV. É uma realidade completamente diferente.”.

“Tenho trabalhado demais, são 10 anos só fazendo teatro. Também fiz cinema, e produzi dois espetáculos e um longa-metragem "Cordel do Amor Sem Fim", dirigido por seu marido, Daniel Alvim.”, completou.

O filme participou de festivais internacionais, rendeu prêmios de Melhor Atriz a ela em três premiações diferentes. Também ganhou o prêmio de Melhor Longa no Brazil New Visons International Film Festival 2024.

Helena Ranaldi Nogueira nasceu em 24 de maio de 1966 em São Paulo, demonstrou interesse pelas artes e pelo mundo artístico desde jovem.

Na adolescência, Helena iniciou trabalhos como modelo e participou de comerciais de televisão, inclusive, em 1989, alcançou destaque ao se classificar entre as cinco finalistas do concurso Supermodel of the World promovido pela Class Modelos e pela Ford Models e, com o prêmio obtido, investiu em cursos de teatro para aprimorar sua formação.

Aos 23 anos, deixou São Paulo e se mudou para o Rio de Janeiro com o objetivo de se dedicar plenamente às atuação.

O primeiro trabalho de Helena na televisão ocorreu em 1990, quando interpretou Stefânia na novela "A História de Ana Raio e Zé Trovão", da extinta TV Manchete. Logo em seguida, fez a novela "Amazônia" antes de migrar para a TV Globo.

Sua primeira novela na TV Globo foi na novela "Despedia de Solteiro" como Nina em 1992. No ano seguinte, participou de "Olho no Olho", onde conheceu o diretor Ricardo Waddington, com quem se relacionou posteriormente.

Outros papéis importantes nos anos 1990 incluem a vilã Suzana na novela "Quatro por Quatro" e a modelo Larissa em "Explode Coração".

Em 1996, Helena chegou a apresentar o programa Fantástico junto a Pedro Bial.

No início dos anos 2000, formou uma parceria frequente com o autor Manoel Carlos e atuou em "Laços de Família", "Presença de Anita" e "Mulheres Apaixonadas".

Em "Mulheres Apaixonadas", Helena Ranaldi interpretou Raquel, que sofria violência doméstica do marido, vivido por Dan Stulbach, usando uma raquete de tênis. Esse papel é considerado o mais marcante de sua carreira.

“Foi muito marcante por conta da temática que ela viveu. As pessoas me reconhecem muito na rua, principalmente nas cidades do interior. Elas adoram ver os artistas que acompanharam durante muitos anos na televisão.”, declarou.

Viveu sua primeira e única protagonista na novela "Coração de Estudante".

Ao longo dos anos, ela também participou de novelas como "A Favorita", "Fina Estampa" e "Em Família", sua última novela na TV Globo.

Quanto à vida pessoal, Helena foi casada com Ricardo Waddington entre 1994 e 2004, e juntos tiveram um filho, Pedro, nascido em 1999.

Seu filho, Pedro Waddington seguiu carreira artística e ficou conhecido pelo papel de Tiago Roitman no remake de "Vale Tudo". Pedro também é sobrinho de figuras conhecidas como Andrucha Waddington e Fernanda Torres.

Desde 2015 está em união com o ator Daniel Alvim.