
O levantamento mais recente sobre os melhores países para aposentados foi divulgado em 2024 pela consultoria Mercer, em parceria com o CFA Institute.
O estudo avaliou 48 sistemas previdenciários ao redor do mundo, considerando três critérios principais:
Adequação: analisa o valor dos benefícios recebidos pelos aposentados e o modelo utilizado para calcular esses ganhos;
Sustentabilidade: verifica se o sistema poderá continuar pagando os auxílios no futuro, considerando fatores demográficos e a cobertura oferecida;
Integridade: avalia aspectos como regulação, governança e transparência do sistema previdenciário.
Com base nesses critérios, os países foram classificados em uma escala de A (nota máxima) a E (nota mínima). Veja os melhores do mundo
1. Holanda (84,8 pontos) Lidera o ranking pelo segundo ano consecutivo, destacando-se pela excelência em todos os critérios avaliados.
2. Islândia (83,4 pontos) Apresenta um sistema previdenciário robusto e sustentável, com alta taxa de cobertura.
3. Dinamarca (81,6 pontos) Combina benefícios generosos com uma estrutura financeira sólida e bem regulamentada.
4. Israel (80,2 pontos) Oferece um sistema equilibrado, com boa adequação dos benefícios e políticas eficazes de governança.
5. Cingapura (78,7 pontos) Destaca-se pela sustentabilidade de seu sistema, apoiado por uma economia forte e políticas previdenciárias eficazes.
6. Austrália (76,7 pontos) Possui um sistema de aposentadoria bem estruturado, com ampla participação em planos de previdência privada.
7. Finlândia (75,9 pontos) Apresenta um sistema equilibrado, com boa adequação dos benefícios e políticas eficazes de governança.
8. Noruega (75,2 pontos) Combina uma forte economia com um sistema previdenciário abrangente e bem administrado.
9. Chile (74,9 pontos) É o país latino-americano mais bem colocado, graças a reformas estruturais e um sistema de capitalização eficiente.
10. Suécia (74,3 pontos) Oferece um sistema de aposentadoria sólido, com alta confiança pública e políticas sustentáveis.
11º – Reino Unido – 71,6 pontos - O sistema britânico combinauma pensão pública básica com planos ocupacionais privados, oferecendo uma cobertura ampla. Recentemente, o país caiu para fora do top 10, indicando a necessidade de reformas para melhorar a sustentabilidade e a adequação dos benefícios.
12º – Suíça – 71,5 pontos - A Suíça possui um sistema de três pilares: uma pensão pública, planos ocupacionais obrigatórios e previdência privada voluntária. Essa estrutura diversificada contribui para a estabilidade e a confiança no sistema previdenciário.
13º – Uruguai – 68,9 pontos - O Uruguai destaca-se pela alta adequação dos benefícios, com uma forte pensão pública e crescente participação em planos privados. No entanto, enfrenta desafios em sustentabilidade devido ao envelhecimento populacional.
14º – Bélgica – 68,6 pontos - O sistema belga combina uma pensão pública generosa com incentivos para a previdência complementar. A governança sólida e a transparência contribuem para a integridade do sistema.
15º – México – 68,5 pontos - O México implementou reformas significativas em seu sistema previdenciário, aumentando as contribuições e promovendo a inclusão. Essas mudanças melhoraram a sustentabilidade e a adequação dos benefícios.
O Brasil ocupa a 33ª posição no ranking, com uma pontuação média de 55,8, recebendo a nota C. O país apresenta desempenho moderado em adequação dos benefícios (20º lugar), mas enfrenta desafios significativos em sustentabilidade (44º lugar) e integridade (39º lugar).
Esses resultados refletem preocupações sobre a capacidade do sistema previdenciário brasileiro de manter os pagamentos futuros, especialmente diante de desafios demográficos e econômicos.