Em destaque por seu papel em “The Last Showgirl”, a atriz canadense Pamela Anderson adicionou uma produção brasileira em sua lista pessoal de melhores filmes do século 21, em pesquisa organizada pelo jornal “The New York Times”.
Na relação, ela incluiu “A Vida Invisível”, de 2019, filme dirigido por Karim Aïnouz. A trama, baseada no livro “A Vida Invisível de Eurídice Gusmão”, de Martha Batalha, tem no elenco Carol Duarte, Julia Stockler, Fernanda Montenegro, Gregório Duvivier e Maria Manoella.
“A Vida Invisível” conquistou o prêmio da Mostra “Um Certo Olhar”, do Festival de Cannes, em 2019, evento em que fez sua estreia mundial. O filme foi o escolhido para representar o Brasil no Oscar daquele ano, mas não entrou na lista de pré-indicados.
Os outros nove filmes escolhidos por Pamela Anderson foram: “O Fabuloso Destino de Amélie Poulain”, “Namorados para Sempre”, “Encontros e Desencontros”, “Réquiem para um Sonho”, “O Grande Hotel Budapeste”, “O Lagosta”, “A Festa”, “Volver” e “Deus Branco”.
Pamela Anderson nasceu em Ladysmith, no Canadá, em 01/07/1967. A atriz canandense ficou mundialmente famosa pela série "Baywatch", que, no Brasil, ganhou o nome de "SOS Malibu". A produção foi de 1989 a 1999 e depois inspirou um filme, em que ela atuou sem o mesmo protagonismo.
Em janeiro de 2023, Pamela lançou um livro - "Love, Pamela" - com revelações sobre a sua vida pessoal e profissional.
Dias antes do lançamento do livro, a atriz deu uma entrevista à revista americana "Variety" em que falou mais sobre a sua vida e antecipou algumas histórias registradas na obra.
Para dar um exemplo de como se sentia vista como objeto, ela contou que o ator Tim Allen, certa vez, abriu seu próprio roupão. "Ele disse que seria justo porque já tinha me visto sem roupa. Disse que estávamos quites. Eu só sorri, desconfortável", afirmou.
Na época do lançamento do livro, a atriz também foi o foco do documentário "Pamela, a Love Story", exibida pela plataforma de streaming Netflix.
Em 2014, Pamela Anderson revelou que foi vítima de vários abusos ainda antes dos 18 anos. Ela cresceu em um lar com muitos problemas, no Canadá. Seu pai era um alcoólatra que batia na mãe dela. Esta, por sua vez, sustentava a família com dificuldades, trabalhando como garçonete.
Ela revelou que sofreu assédio de sua babá dos 6 aos 10 anos. Aos 12, foi violentada pelo irmão de sua amiga, e aos 16 anos, por seu primeiro namorado e por seis amigos dele.
Depois disso, durante seu primeiro casamento, teve imagens íntimas vazadas na internet. Por conta disso, desenvolveu depressão e precisou de ajuda médica e psicológica.
“Os predadores procuram alguém para fazer coisas que são tão humilhantes que você teria vergonha de contar a alguém. Esse tipo de coisa realmente marca o resto da sua vida. Você bloqueia as coisas ou vai lidar com isso mais tarde - e estou lidando com isso agora”, comentou no livro.
Pamela Anderson casou-se cinco vezes. Sua união com Tommy Lee terminou muito por conta dos problemas dele com drogas, além de um caso de violência doméstica por parte do baterista da banda americana Mötley Crüe. Tommy também teve casos extraconjugais.
"Eu não sou uma vítima e não sou a donzela em perigo. Eu fiz minhas escolhas na minha vida. Algumas obviamente foram feitas por mim, mas sempre consegui me reencontrar. E isso criou uma pessoa e uma mãe forte”, contou, também no livro.
Pamela Anderson também ficou famosa por seus trabalhos como modelo, além de ter posado para revistas masculinas 14 vezes.
Ela iniciou a carreira de modelo aos 20 anos, por acaso, ao ser descoberta por uma empresa de lingerie durante um jogo de futebol em que seu rosto foi filmado e parou no telão.
Aos 58 anos, completados no início de julho, Pamela Anderson ainda é vista como símbolo de beleza.
Em março de 2022, ela estrelou o musical "Chicago", na Broadway, região de Nova York com vários teatros famosos. E foi ovacionada pela plateia.
Em 2024, Pamela Anderson protagonizou o filme “Last Showgirl”, em performance que rendeu a ela indicação ao Globo de Ouro na categoria de melhor atriz em drama. A estatueta acabou ficando com a brasileira Fernanda Torres, pelo seu trabalho em “Ainda Estou Aqui”, de Walter Salles.