Pesquisadores da Universidade de Bristol, em parceria com a Autoridade de Energia Atômica do Reino Unido (UKAEA), desenvolveram uma bateria inovadora que pode durar até 5.700 anos!
Essa tecnologia promete revolucionar setores que dependem de fontes de energia estáveis e de longo prazo, como dispositivos médicos, exploração espacial e monitoramento remoto.
Feita a partir da decomposição radioativa do carbono-14 (um isótopo usado na datação de materiais arqueológicos), a bateria é capaz de gerar energia limpa e durável.
O material radioativo é encapsulado em uma estrutura de diamante artificial, um dos materiais mais resistentes conhecidos, garantindo que a radiação fique totalmente contida e não represente riscos à saúde ou ao meio ambiente.
Além disso, o diamante ajuda a otimizar a eficiência energética do sistema.
Essa tecnologia representa um grande avanço no armazenamento de energia, pois é capaz de produzir eletricidade de forma contínua por milhares de anos, sem a necessidade de recarga.
No setor aeroespacial, a bateria poderia alimentar sondas e satélites por séculos, viabilizando missões de longa duração sem necessidade de manutenção.
Ela também pode ser útil em locais remotos, como estações submarinas ou áreas inóspitas, onde o acesso é limitado.
Apesar das limitações atuais em relação à potência, os cientistas acreditam que versões futuras da bateria poderão ter maior capacidade energética, ampliando ainda mais seu uso.
Apesar da tecnologia inovadora, ainda há limitações nesse tipo de bateria. Por gerar energia em níveis de microwatts, ela não é adequada para dispositivos de uso intensivo de energia, como veículos elétricos ou smartphones.
Ainda assim, os pesquisadores afirmam que é uma questão de tempo até que novas versões sejam desenvolvidas.
Baseado no conceito de baterias de longa duração, um homem conseguiu criar um sistema de energia residencial totalmente autônomo e sustentável, que funciona há mais de oito anos sem falhas.
Para isso, ele utilizou mais de mil baterias recicladas de notebooks combinadas com painéis solares.
O projeto começou em 2016 com uma bateria de empilhadeira e alguns painéis solares, e foi evoluindo gradualmente até atingir 650 baterias organizadas em pacotes de 100 Ah, conectados entre si por cabos de cobre.
Para otimizar o desempenho e lidar com desafios como a descarga irregular, o criador passou a desmontar as baterias e utilizar suas células individualmente, montando racks personalizados.
Hoje, o sistema conta com 24 painéis solares de 440 watts cada e fornece energia contínua sem depender da rede elétrica.
Apesar dos desafios iniciais, como desequilíbrios na descarga, o sistema se mostrou estável e seguro, sem registros de superaquecimento, incêndios ou baterias inchadas.
O projeto demonstra uma alternativa viável para reaproveitar lixo eletrônico e promover o uso de energia renovável em escala doméstica.