Originário da água salgada e até mesmo da água doce, o camarão é o queridinho da culinária, sobretudo do Nordeste do Brasil. Assim, a diversidade e flexibilidade nos modos de preparo ampliam ainda mais seu acesso nos lares e trazem benefícios importantes à saúde.

O Nordeste produz 99,6% de todo o camarão do Brasil. Ceará e Rio Grande do Norte produzem, sozinhos, 76,4% de tudo. Este mercado movimentou mais de R$ 2,6 bilhões em 2023 e continua gerando empregos.

Um dos locais brasileiros em que o consumo do camarão chama a atenção é justamente o Nordeste. Por lá, eles podem aparecer empanados na farinha de tapioca, um elemento regional que dá mais crocância ao prato.

Além de todas essas possibilidades, encontra-se em recheios de empadas, rocamboles, salgados diversos e petiscos, até pratos mais sofisticados como risotos e suflês.

Outras opções são camarões produzidos na moranga (que é a nossa jerimum ou abóbora) com um creme, bobó, caldinho, sopa e acarajé.

O termo, derivado do grego kámmaros, é a designação comum a diversos artrópodes da origem dos decápodes, podendo ser marinhos ou de água doce. Eles, então, possuem o abdômen longo, primeiro três pares de pernas com quelas e rosto geralmente desenvolvido.

A pesca e a aqucultura de camarões é uma das atividades econômicas mais importantes, devido ao seu elevado valor comercial. Recentemente, várias espécies desse fruto do mar têm sido comercializados pela indústria aquarista.

Estes animais pertencem ao subfilo dos crustáceos, com exoesqueleto da quitina. Seu corpo é dividido em duas partes: cefalotórax e abdômen, apresentando um aparelho digestivo completo.

Todos os animais pertencentes a esse filo possuem sistema nervoso, formado pro gânglios cerebrais bem desenvolvidos, de onde parte o cordão nervoso central ganglionar.

Pode parecer estranho, mas os camarões também se comunicam entre si através de emissão de bolhas de ar, uma maneira adequada para a comunicação interespecífica em meio à águas marinhas.

A criação de camarões, ou carcinicultura, cresce como setor produtivo e econômico. Nesse contexto, a nutrição balanceada é imprescindível para maximizar o crescimento e melhorar a saúde e a sobrevivência desses crustáceos.

Assim, a proteína representa um componente nutricional de potencial relevância para o crescimento e desenvolvimento dos camarões. Ela é crucial para processos como síntese muscular, regeneração celular e desempenho metabólico

A origem dos camarões é diversa, cm várias espécies encontradas em diferentes regiões do mundo, tanto em água doce quanto salgada. O cultivo teve origem no sudoeste da Ásia, onde pescadores aprisionavam pós-larvas em viveiros construídos na costa.

No Brasil, o camarão cinza, por exemplo, tem origem no Oceano Pacífico, mas é frequentemente cultivado em viveiros de água salgada, principalmente no Nordeste (Bahia, Rio Grande do Norte, Ceará e Pernambucano).

O camarão se transformou em alimento devido à sua abundância em diversos ecossistemas aquáticos, ao seu sabor e valor nutricional, e à sua adaptação à preparação e consumo humano.

A pesca e aquicultura (criação de cativeiro) fornecem camarão em larga escala, tornando-o uma fonte de proteína e nutrientes acessível em muitas culturas.

Eles se alimentam de restos de animais, vegetais, plancto, algas, detritos e outros organismos vivos ou mortos. Por outro lado, seus predadores incluem peixes, aves, crustáceos maiores (como caranguejos e lagostas), mamíferos marinhos e até mesmo outros camarões.

O camarão tem alto teor de proteínas e aminoácidos essenciais e de alta digestibilidade e baixo teor de gordura. Além disso, contém ômega 3, ômega 6 e nutrientes como cálcio, potássio, sódio, fósforo, ferro e zinco, assim como vitaminas do complexo B.

Ele pode ser cozido sem sal, sem casca e sem óleo, assim como contém aproximadamente 80 calorias em 100g. No entanto, quando é preparado com outros ingredientes, como leite de coco ou azeite de dendê, aumenta-se consideravelmente a quantidade de calorias.

Esse alimento possui um pigmento conhecido como astaxantina, que confere a coloração rosada. Trata-se de um carotenóide que apresenta atividade antioxidante, eliminando radicais livre, de forma a proteger as membranas celulares e os tecidos corporais.

O consumo de camarão proporciona muitos efeitos benéficos à saúde, como a redução do risco de doenças cardiovasculares, como infarto e AVC.

É uma fonte de proteína magra, contendo quantidades relativamente baixas de gordura saturada, o que o torna uma escolha saudável para quem está tentando controlar o consumo de gorduras.

Além dos ácidos graxos do tipos ômega 3, que melhora a memória e a concentração, a astaxantina também tem ação protetora dos neurônios. Assim, diminui-se o risco de perda de memória e doenças neurodegenerativas, como o Alzheimer.

O camarão também contém iodo, um mineral importante e do qual pessoas são deficientes. Ele é necessário para o funcionamento adequado da tireoide, uma glândula que regular alguns hormônios.

Por outro lado, esse crustáceo é considerado um dos alimentos que mais causam reações alérgicas. Ela, então, é caracterizada por um a resposta exacerbada do sistema imune mediada por um anticorpo, por causa da proteína conhecida como trompomiosina.