
Imagens da queda de um meteorito foram captadas recentemente pela câmera de segurança de uma casa na cidade de Charlottetown, no Canadá, a cerca de 1,3 milhão de quilômetros de Ottawa, capital do país. De acordo com pesquisadores, foi a primeira vez que houve um registro desse tipo, incluindo a captação do estrondo.
Laura Kelly, dona da casa, retornava de uma caminhada com seu parceiro quando notou uma poeira branca em frente à residência. Ao acionarem o vídeo da câmera de segurança, eles viram um objeto parecido com uma pedra caindo do céu em direção ao local. O casal aspirou o pó e encaminhou para uma universidade, onde análises confirmaram que era um meteorito.
Meteorito é um objeto rochoso originário do espaço, assim como um cometa, asteroide ou meteoroide. Ele passa pela atmosfera e por isso pode atingir a superfície.
Como os oceanos ocupam 70% da Terra, a NASA destaca que, das 50 toneladas de material meteorítico que caem no planeta diariamente, grande parte acaba no fundo do mar.
Segundo especialistas, além do mar, meteoritos também caem com alguma frequência (e, neste caso, são achados) em áreas desérticas.
O único caso comprovado de uma pessoa que foi atingida por meteorito ocorreu nos Estados Unidos, em novembro de 1954. Ann Hodges tirava um cochilo na sua casa, localizada em Sylacuga, no Alabama, até que acordou com uma pancada no quadril, e reparou que a sua residência estava esfumaçada e danificada.
A casa estava com um grande buraco no teto, e depois de avistá-lo, Ann viu a rocha preta de 3,5 kg, que quebrou o telhado e a atingiu. Imediatamente, ela chamou a polícia. Um geólogo do governo foi junto para identificar a rocha, e comprovou que se tratava de um meteorito.
O governo americano determinou que autoridades da Força Aérea comprovassem que não havia sido algum ataque soviético, pois os dois países se encontravam no período da Guerra Fria.
De acordo com um depoimento guardado pelo Museu de História Natural do Alabama, antes do meteorito atingir a casa dos Hodges, alguns vizinhos o avistaram no céu.
“Era uma luz brilhante, meio vermelha, e soltava muita fumaça. Como se fosse uma bola de fogo. Quando colidiu com a casa, ouvimos uma explosão, e depois uma fumaça marrom subiu”, afirmou uma vizinha.
Ann não teve feridas graves e o acontecimento trouxe fama para a família. Em depoimento ao Museu de História Natural, a americana levou o acontecimento para o lado religioso.
“O meteorito é meu. Sinto que Deus queria que ele chegasse até mim, até porque foi a mim que ele acertou”. Em 1972, 18 anos após o acontecimento, Ann faleceu. O meteorito foi doado para o Museu de História Natural do Alabama.