Mais um acidente ocorreu no Monte Rinjani, na Indonésia, onde a brasileira Juliana Marins morreu após uma queda no penhasco. Desta vez, um turista malaio ficou ferido após cair cerca de 200 metros A informação foi confirmada pela administração do parque em Lombok.

O malaio sofreu a queda em 27/6. Mas conseguiu ser salvo. Ele sofreu fratura no quadril e ferimentos na cabeça depois de deslizar por 200 metros. A queda foi perto de uma ponte próxima ao lago Sengara Anak.

Só que ele conseguiu ser resgatado, diferentemente da publicitária Juliana Marins , de 26 anos, que morreu após cair de uma trilha no Monte Rinjani, e sofrer múltiplas lesões pelo corpo, com intensa hemorragia.

Segundo o governo indonésio , o resgate de Juliana demorou por causa das más condições do local: clima severo e baixa visibilidade. Três equipes participaram das buscas, incluindo duas que são do chamado "esquadrão Rinjani", formado por voluntários.

Nos últimos cinco anos, o Parque Nacional do Monte Rinjani, na Indonésia, registrou oito mortes e 180 feridos em acidentes, segundo dados do governo local.

O número de acidentes na região tem aumentado, com 60 casos registrados em 2024, quase o dobro de 2023.

A maioria dos acidentes, segundo o governo indonésio, ocorre por falhas dos próprios turistas, como uso inadequado de equipamentos, despreparo físico e desrespeito às trilhas oficiais.

Apesar dos riscos, o Monte Rinjani continua atraindo turistas por sua beleza e desafio, com trilhas complexas e clima instável.

Juliana participava de uma trilha de três dias pelas encostas do Monte Rinjani, considerada uma das mais difíceis da Indonésia, com altitudes superiores a 3.700 metros.

O Monte Rinjani é o segundo vulcão mais alto da Indonésia, localizado na ilha de Lombok, localizado a leste da capital Bali.

Em altura, ele é superado apenas pelo Monte Kerinci, em Sumatra, que tem 3.805 metros.

A região ao redor do monte faz parte do Parque Nacional de Gunung Rinjani, uma área protegida de grande importância ecológica e cultural da Indonésia.

A impressionante caldeira do vulcão, que abriga o lago Segara Anak, foi formada após uma erupção há cerca de 700 anos.

No interior do lago, o cone vulcânico chamado "Gunung Barujari" continua ativo até os dias de hoje.

A região também é conhecida por suas trilhas desafiadoras, paisagens exuberantes e vistas panorâmicas que revelam tanto o oceano quanto os vales florestais da ilha.

Para os habitantes locais, o Monte Rinjani tem um profundo significado espiritual.

Muitos realizam peregrinações ao lago para fazer oferendas e rituais, acreditando que as águas possuam poderes de cura.

Além disso, o vulcão desempenha um papel importante na agricultura da região, pois suas encostas férteis sustentam plantações de arroz, café e outros cultivos.