O Brasil tem uma Rota do Cacau que demonstra a importância desse produto para a economia do país. Em agosto, a Expoacre chegou ao fim com um momento simbólico: a quebra da estátua de chocolate do Mapinguari.

A escultura de chocolate foi um dos principais atrativos do Espaço da Rota do Cacau: pesava 200 quilos e tinha 1,70 metro de altura. Um destaque no evento, criado para valorizar essa cultura do campo.

Assim, as pessoas se reuniram para acompanhar a quebra da estátua, feita à mão pelo chefe escultor Leo Vilela, que retratava o lendário Mapinguari, figura do imaginário amazônico que representa a força da floresta.

A Rota do Cacau é um projeto que visa a impulsionar a produção e o desenvolvimento da cadeia produtiva do cacau, especialmente na região amazônica.

Essa ideia busca promover a geração de emprego e renda, a agregação de valor ao produto e a conservação ambiental. É uma iniciativa que também promove o desenvolvimento sustentável das regiões cacaueiras, unindo a geração de emprego e renda com a conservação ambiental.

No estado do Acre, a iniciativa da Rota do Cacau integra mais de 300 famílias de produtores rurais, extrativistas, indígenas e ribeirinhos em um esforço conjunto para fortalecer a cadeia de cacau nativo e sustentável.

Além do Acre, a rota envolve principalmente os estados da Bahia e do Pará, regiões historicamente produtoras de cacau no Brasil, onde o projeto visa promover produção, turismo e desenvolvimento regional na cadeia do cacau-chocolate.

Além do cacau, o Acre conta com a extração de borracha, castanha-do-brasil e a agroforestry como potências econômicas sustentáveis na região amazônica. O turismo ecológico e cultural ganha destaque no estado, com comunidades indígenas, rios imensos e florestas preservadas que atraem visitantes em busca de natureza e autenticidade.

A história do Acre é marcada pela disputa de território com a Bolívia, o "Ciclo da Borracha" e, finalmente, a anexação ao Brasil.

Inicialmente habitado por povos indígenas, o território foi palco de conflitos entre brasileiros e bolivianos pela exploração da borracha, culminando na Revolução Acreana e na compra do território pelo Brasil.

O desejo de anexação ao Brasil levou à eclosão de conflitos armados e à declaração da República do Acre, liderada por Luís Gálvez Rodrigues de Arias.

Em 1903, o Brasil comprou o território da Bolívia por meio do Tratado de Petrópolis, incorporando-o ao território nacional. No ano seguinte, foi criado o Território do Acre, e em 1962, o local foi reconhecido oficialmente como estado brasileiro.

A origem do nome "Acre" é controversa. Afinal, uma versão cita que deriva do termo indígena "aquiri", uma corruptela de "uwákürü", nome de um rio local. Outra versão, porém, aponta para "rio dos jacarés", também em língua indígena.

Durante a Segunda Guerra Mundial, os seringais da Malásia foram ocupados pelos japoneses. Assim, a Tailândia, grande produtora de borracha, participou da guerra ao lado do Eixo, algo que ajudou o Acre a ser uma das principais fontes de borracha dos Aliados durante o conflito.

Em reconhecimento à contribuição produtiva, o Brasil conseguiu recursos norte-americanos para a construção da Companhia Siderúrgica Nacional e alavancou a industrialização estagnada do Centro-sul.

O Museu da Borracha, localizado em Rio Branco, no Acre, é vinculado à Fundação de Cultura e Comunicação Elias Mansour. Ele tem o foco de coletar, conservar e expor os testemunhos da história social, econômica e da cultura material do estado.

O Parque Industrial de Xapuri, também chamado de Complexo Industrial Florestal, tem como objetivo estimular a economia florestal local e promover a legalidade no setor, que antes tinha grande parte de seus trabalhadores atuando de forma irregular.

O Calçadão da Gameleira é um espaço público da capital do Acre. O termo Gameleira refere-se a uma frondosa árvore centenária, tombada como patrimônio público, de 1981, e o local é um dos principais pontos turísticos da cidade.

Criado em 1983, o Parque Zoobotânico da Universidade Federal do Acre reúne em uma área de 144 hectares com espécies animais e vegetais, constituindo a maior área verde dentro do perímetro urbano da capital.

Criada pelo ex-desembargador do Tribunal de Justiça do Acre, Arquilau de Castro Melo, a Casa Museu promove o reconhecimento e a valorização da identidade acreana e amazônica.

O Parque Nacional da Serra do Divisor é uma unidade de conservação brasileira de proteção integral da natureza localizada no Acre. A administração está atualmente a cargo do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).

A Praça da Revolução fica no coração de Rio Branco e possui um monumento de 12 metros de altura em homenagem aos heróis anônimos.

Por fim, o Barão do Rio Branco foi crucial para a anexação do Acre ao Brasil, especialmente através do Tratado de Petrópolis. Como Ministro das Relações Exteriores, ele negociou com a Bolívia e ajudou a incorporar o território ao Brasil.