Os boatos se confirmaram: depois de permanecer na bancada por 29 anos, o apresentador William Bonner finalmente confirmou sua saída do Jornal Nacional.
Durante a exibição do jornal neste dia 1º de setembro, o jornalista explicou que a decisão foi motivada por razões pessoais e pelo desejo de uma rotina menos intensa.
"A minha decisão de mudar de atividade já tem cinco anos. Ela surgiu no momento em que muita gente também repensou a vida profissional, quando a pandemia estava lá no auge", comunicou ao vivo.
Bonner citou seus três filhos, frutos do casamento com Fátima Bernardes, como fator primordial para a saída.
"Naquela época, um dos meus três filhos estava de mudança para estudar em outro país, e eu sentia que nos meus dias só cabiam as coisas que eu precisava fazer, mas ficavam de fora coisas que eu também gostaria de fazer. A conta não estava fechando", disse.
Seu novo destino profissional será o Globo Repórter, programa ao qual se juntará em 2026, ao lado de Sandra Annenberg.
"De todos os programas do jornalismo que já existiam aqui na Globo quando eu cheguei em 1986, o Globo Repórter é o único onde eu nunca trabalhei", pontuou.
A transição será gradual: no seu lugar, César Tralli assumirá a bancada, mas apenas em novembro. Conheça a trajetória do novo âncora do Jornal Nacional!
César Tralli nasceu em São Paulo, no dia 23 de dezembro de 1970, e se formou em Jornalismo pela Faculdade de Comunicação Cásper Líbero e cursou mestrado em ciências sociais na PUC de São Paulo.
Filho de mãe professora e pai que atuava em informática, frequentou escolas públicas e começou cedo sua paixão pela escrita.
Sua carreira começou na Gazeta Esportiva e na rádio Jovem Pan, onde falava sobre o trânsito direto de um helicóptero.
Em 1991, começou na televisão como repórter do “Aqui Agora”, do SBT e, no ano seguinte, apresentou o programa “Flórida On Line” na TV Record.
Em 1993, ingressou na Rede Globo. Dois anos depois, aos 24 anos, foi nomeado correspondente internacional em Londres, tornando-se o mais jovem da emissora na função.
Permaneceu lá por cinco anos, cobrindo eventos globais marcantes como o assassinato de Yitzhak Rabin, o acidente de Chernobyl, o terremoto na Turquia e a morte da princesa Diana.
De volta ao Brasil no início dos anos 2000, Tralli atuou como repórter especial em coberturas importantes como os atentados de 11 de setembro de 2001, diversas Copas do Mundo e Jogos Olímpicos de Atenas 2004 e Pequim 2008.
Paralelamente, realizou investigações jornalísticas profundas e ganhou prêmios por coberturas nos casos da Máfia dos motoristas, acidente com avião da TAM e adulteração de combustíveis.
Em 2011, César Tralli assumiu a bancada do SPTV – 1ª Edição, onde fez sucesso por seu estilo dinâmico e interativo.
Após dez anos como âncora titular, em 2021 foi chamado para apresentar o Jornal Hoje, substituindo Maju Coutinho.
Ainda em 2020, passou a apresentar a Jornal GloboNews – Edição das 18h, substituindo Leilane Neubarth.
Na esfera pessoal, César Tralli foi casado com Cássia Ávila, de 2006 a 2007, depois com a jornalista Flávia Freire, até 2013.
Desde 2017, Tralli é casado com Ticiane Pinheiro, com quem teve uma filha, Manuella, nascida em julho de 2019.
Recentemente, o jornalista passou por duas tragédias pessoais marcantes: em 2020, sua irmã Gabriela faleceu por síndrome de Noonan, e em 2022, sua mãe, Edna Tralli, morreu em um acidente aéreo no interior de São Paulo