Alerta ligado! Previsões de especialistas dão conta de que um grande número de tempestades solares extremas pode acontecer até o fim de 2025. E isso pode causar um apagão em escala mundial.

Em 2024, vários cientistas manifestaram preocupação com relação a uma gigantesca tempestade solar que poderia causar um "apocalipse" na internet, que poderia durar meses.

Esse fenômeno é causado por explosões solares que lançam massa coronal (EMC) em direção à Terra, afetando o campo magnético do planeta, de acordo com especialistas.

Durante uma emissão de EMC, ocorrem enormes erupções de gás ionizado a temperaturas elevadas, originadas na coroa solar.

Quando esse gás atinge o campo magnético da Terra, pode provocar tempestades geomagnéticas, prejudicando as comunicações e as instalações elétricas.

Alguns especialistas consideram que esse fenômeno representa uma ameaça significativa para os seres humanos.

Em 2020, no início do ciclo atual, a Administração Oceânica e Atmosférica Nacional dos Estados Unidos (NOAA) participou de um grupo com várias instituições científicas, cada uma com suas previsões.

No evento, os cientistas que observaram o comportamento do Sol e notaram um aumento nas manchas solares, muito além das previsões iniciais.

O ciclo solar, que geralmente dura cerca de 11 anos, passa por três fases; são elas:

Mínimo Solar: Nessa fase, o Sol tem pouquíssima atividade.

Máximo Solar: É o período em que o Sol está mais ativo.

Declínio: Durante essa fase, a atividade solar diminui e então retorna ao próximo mínimo solar.

Observar as manchas solares e suas erupções é útil para os cientistas preverem as tempestades solares com antecedência, geralmente entre dois a quatro dias antes — a depender da velocidade das partículas expelidas.

Segundo o professor Peter Becker, da Universidade George Mason, “a Internet atingiu a maioridade numa época em que o Sol estava relativamente calmo e agora está entrando em uma época mais ativa”.

O professor esclareceu que essa supertempestade já aconteceu uma vez, em 1859, mas tem um porém: “É a primeira vez na história da humanidade que houve uma interseção do aumento da atividade solar com a nossa dependência da internet”, disse.

O professor lidera um projeto em colaboração com o Naval Research Laboratory para desenvolver um sistema de alerta que ofereça tempo para o caso de uma tempestade solar perigosa se aproximar.

Segundo ele, o período de reação é curto. Depois de uma EMC potente — que pode ter várias velocidades — são apenas de dois a quatro dias para tomar medidas e reduzir os impactos.

Se nuvens de plasma atingem a Terra, o campo magnético age como uma proteção. No entanto, essa interação pode gerar um excesso de carga elétrica que vai direto para o solo.

Caso haja necessidade, governos, empresas e instituições terão apenas alguns dias para tomar medidas e evitar um desastre tecnológico.

O professor adverte que os sistemas de aterramento não solucionam a questão: "Conduzir correntes indutivas para a superfície da Terra pode ter um efeito oposto, resultando na possibilidade real de danificar o que originalmente estava seguro".

“Se colocar isso no contexto do auge da internet, com seus eletrônicos muito delicados, é algo que poderia fritar o sistema por um período de várias semanas a meses, em termos do tempo que levaria para reparar toda a infraestrutura”, comentou o professor.

“Todos os interruptores eletrônicos, todos esses armários eletrônicos em todos esses prédios de escritórios. Isso tudo poderia fritar”, completou.

De acordo com Becker, “há cerca de 10% de probabilidade de que, na próxima década, algo realmente grande aconteça e possa acabar com a internet”.