Leandro de Souza, conhecido como o “homem mais tatuado do Brasil”, está removendo as tatuagens do rosto após se converter ao evangelho.

A remoção já passou por cinco sessões e deve precisar pelo menos mais três para ser concluída.

A popularização das tatuagens no Brasil acompanha uma tendência mundial: 37% dos brasileiros têm ao menos uma, o que coloca o país em 9º no ranking global.

Por outro lado, o Brasil também é o segundo no mundo em buscas por remoção de tatuagens, atrás apenas dos EUA.

Essa tendência, impulsionada por celebridades, levou ao avanço de novas tecnologias a laser que permitem tratamentos personalizados que preservam a pele.

Especialistas destacam a importância de usar equipamentos com registro na Anvisa para garantir segurança e eficácia.

A origem da tatuagem atravessa diversas culturas, civilizações e períodos históricos. É uma das formas de expressão corporal mais antigas da humanidade.

Evidências arqueológicas mostram que a prática de marcar a pele acompanha os seres humanos há milhares de anos.

Inicialmente, as tatuagens não eram apenas uma forma de arte corporal, mas serviam a propósitos rituais, de identificação social, de proteção e até mesmo de cura.

Uma das evidências mais antigas de tatuagens vem de Ötzi, o Homem do Gelo, uma múmia de 5.300 anos encontrada nos Alpes.

Em sociedades antigas, como no Egito, Grécia e Roma, as tatuagens tinham significados variados, indo de símbolos religiosos e espirituais a marcas de status social ou punição.

Na Polinésia, a tatuagem, ou tatau (termo do qual a palavra "tattoo" se originou), era uma prática profundamente enraizada na cultura e na espiritualidade.

Os desenhos complexos e intrincados contavam histórias sobre a linhagem, conquistas e poder de um indivíduo.

A dor do processo era vista como uma parte essencial do ritual, demonstrando força e coragem.

Entre os povos indígenas, especialmente nas Américas, na África e na Oceania, a tatuagem tinha forte relação com rituais de passagem, identidade tribal, proteção espiritual e ligação com ancestrais.

No Japão, as tatuagens ganharam destaque artístico, especialmente no estilo irezumi, associado inicialmente a rituais religiosos e mais tarde à Yakuza, tornando-se uma tradição estética rica em detalhes.

Com o passar dos séculos, a tatuagem sofreu períodos de marginalização no Ocidente, sendo associada a marinheiros, prisioneiros e grupos sociais específicos, até ressurgir como expressão de liberdade individual no século 20.

Durante a Idade Média, a prática foi proibida pela Igreja Católica, que a via como uma forma de paganismo.

O desenvolvimento das máquinas elétricas de tatuagem, no final do século 19, revolucionou a prática, tornando-a mais acessível e popular.

Hoje, a tatuagem é uma forma de arte consolidada em todo o mundo, com diferentes estilos, técnicas e significados, variando de acordo com as culturas e com a individualidade de cada um.